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Covid-19: Há apenas um infetado nas 393 unidades da Rede de Cuidados Continuados diz o Governo
Há uma pessoa infetada com covid-19 nas 393 unidades da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), onde não se regista nenhum óbito desde 10 de abril, anunciou hoje o secretário da Estado da Saúde.
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António Lacerda Sales avançou ainda, na conferência de imprensa de atualização da pandemia em Portugal, que foram transferidos mais de 7.600 doentes dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde para a RNCCI desde 09 de março e encontradas mais de 700 respostas sociais que permitiram libertar camas hospitalares.
Presente na conferência, a coordenadora da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, Purificação Gandra, começou por recordar a sua presença na conferência no Domingo de Páscoa, há quatro meses, a apresentar a situação da covid-19 na RNCCI.
“Acompanhamos diariamente a informação reportada por 393 unidades de cuidados de internamento, com cerca de 9.300 doentes internados e cerca de 15 mil profissionais”, disse Purificação Gandra.
Sublinhando que “os maus momentos também necessitam de ser lembrados pela aprendizagem” que proporcionam, a responsável lembrou que na segunda quinzena de abril a rede teve “um máximo de 110 doentes infetados em 26 unidades, sendo que 16 doentes foram internados nos hospitais do SNS por agravamento do seu estado clínico”.
Realçou que a região do Algarve foi a única que não registou qualquer doente infetado nas suas 19 unidades da rede, com um total 527 camas.
Segundo Purificação Gandra, foram registadas 15 mortes nas regiões Norte e de Lisboa e Vale do Tejo.
Adiantou ainda que desde o início da pandemia foram efetuados 14.400 testes, dos quais 167 acusaram positivo.
Atualmente, “há 12 profissionais infetados com covid-19 que não constituem qualquer risco para os doentes dado que estão em casa a fazer o respetivo isolamento”, sublinhou.
“A preocupação com a entrada do vírus nas unidades foi e é uma constante que tem originado nos profissionais de saúde e em todos os intervenientes um esforço acrescido para ser possível o seu controle”, salientou.
Sublinhou ainda que desde um mês de abril “muito difícil ao dia de hoje, com um doente infetado em toda a rede, passaram quatro meses intensos de trabalho”.
Purificação Gandra considerou que foram elaborados e postos em prática planos de contingência em todas as unidades, identificados doentes e profissionais infetados e que os procedimentos em conformidade com as orientações da Direção-Geral de Saúde e em articulação com as autoridades de saúde locais “levaram aos resultados” que têm hoje.
Paralelamente, a rede foi alargando a sua capacidade, tendo desde o início de 2020 mais 235 camas.
Para possibilitar aos hospitais prepararem-se para um aumento de casos de covid-19, foi dada prioridade à colocação dos doentes internados, tendo sido possível desde março admitir cerca de 7.600 doentes.
Também em articulação com a Segurança Social foi possível identificar vagas para doentes que estavam em internamento indevido a aguardar esta resposta, disse a Purificação Gandra.
Portugal contabiliza pelo menos 1.746 mortos associados à covid-19 em 52.351 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
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