Crimes
Cash & Carry na prisão de Coimbra
O Ministério Público deduziu acusação contra 12 pessoas que estariam envolvidas num esquema de introdução de droga e outros produtos no estabelecimento Prisional de Coimbra.
Contactada pela Lusa, a Procuradoria-Geral da República confirmou que estes 12 arguidos estão acusados dos crimes de corrupção para ato ilícito, tráfico de estupefacientes agravado, branqueamento e falsificação de documentos e que a acusação foi deduzida pelo Ministério Público, no Departamento de Investigação e Ação Penal de Coimbra.
Em março de 2013, e na sequência de denúncia da direção do Estabelecimento Prisional de Coimbra, as autoridades desmontaram um esquema de introdução na cadeia de Coimbra de produtos estupefacientes e de outros bens, como telemóveis, ‘tablets’ e garrafas de whisky.
Cinco dos arguidos, que ali se encontravam a cumprir pena, recebiam estes produtos que depois, na sua maioria, vendiam a outros reclusos, recorrendo à colaboração de uma telefonista do estabelecimento prisional, também arguida.
Segundo a acusação, era esta funcionária que recebia os estupefacientes e que depois os levava, escondidos, para o interior da prisão. Posteriormente, entregava-os a outros arguidos que, por trabalharem em vários espaços do estabelecimento, tinham acesso aos destinatários.
A funcionária, que se encontra em prisão preventiva à ordem do processo, recebeu, como contrapartida do transporte de produtos para o interior do estabelecimento prisional, importâncias várias e avultadas. Este dinheiro era depositado em várias contas bancárias que movimentava, uma das quais com recurso à utilização abusiva de documentos de terceiros e abuso de assinatura.
O MP pediu igualmente a perda das vantagens alcançadas com a prática dos crimes.
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