Governo

Ministro quer ensino superior presencial com componentes de ensino à distância

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 27-07-2020

O ministro da Ciência e Ensino Superior voltou hoje a dizer que o objetivo para o próximo ano letivo é que o ensino nas universidades e nos politécnicos seja presencial.

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Manuel Heitor sublinhou contudo que “pode e deve” haver algumas componentes de ensino à distância.

Na abertura de uma escola de verão no Instituto Politécnico do Cávado e Ave (IPCA), em Barcelos, o ministro admitiu que o próximo ano letivo será “cheio de incertezas”, devido à pandemia de covid-19.

“O objetivo é um: que o ensino seja presencial. Mas esse objetivo sabemos que tem de ser cumprido com muita responsabilidade e muito realismo, face às condições que cada semana vamos ter de perceber de propagação da pandemia”, referiu.

O ministro realçou que um ensino presencial “pode e deve ter algumas componentes de ensino à distância”.

“Há áreas onde é importante ter ensino à distância e outras áreas onde não deve ser feito (…). O ensino não deve é ser totalmente à distância, porque os cursos não estão acreditados para esse tipo de funcionamento”, acrescentou.

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Por isso, o ministro apelou à “capacidade crítica” dos docentes e dos estudantes, para perceber e definir “o que pode ser feito à distância e o que não pode nem deve ser feito à distância.

Para Manuel Heitor, a pandemia desafia as instituições a inovarem pedagogicamente, conjugando a presença nas aulas outro tipo de trabalho, designadamente nas empresas, e com a autoaprendizagem.

Nesta deslocação ao IPCA, Manuel Heitor reiterou ainda a meta do Governo de ter em 2030, 60% dos jovens com 20 anos no ensino superior. Este ano letivo a cifra em 50 por cento.

“Este ano, metade dos jovens com 20 anos estarão no ensino superior, mas não é suficiente. Queremos chegar a 60%, como as regiões mais desenvolvidas da Europa”, afirmou.

Disse ainda que outro objetivo é seduzir os adultos para o ensino superior, porque “o desenvolvimento de um país passa pelo conhecimento”.

A escola de verão do IPCA acolhe, durante os próximos três meses, em regime presencial, cerca de 40 estudantes, que vão receber uma bolsa de investigação financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).

O objetivo é estimular o desenvolvimento de iniciativas integradas de Investigação e desenvolvimento (I&D) e formação superior, em articulação com as unidades de I&D do IPCA.

O IPCA pretende desenvolver esta iniciativa anualmente, tendo a presidente da instituição, Maria José Fernandes, adiantado que no próximo ano a escola de verão já se deverá realizar em Esposende, no novo pólo do instituto.

No pólo de Esposende, serão ainda ministrados Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP), com duração de dois anos, na área do Turismo.

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