Coimbra
Greve na CP suprimiu 59% dos comboios
A greve de hoje dos trabalhadores de bilheteiras e revisores da CP causou a supressão de 474 comboios até às 16:00, o que corresponde a 59% dos que estavam programados, de acordo com dados da empresa.
Fonte oficial da CP disse à agência Lusa que, entre as 0:00 e as 16:00, circularam 325 comboios dos 799 que estavam programados para o mesmo período, ou seja 41%.
Os comboios de longo curso e os regionais foram os que registaram maior número de supressões.
O presidente do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), Luis Bravo, disse à Lusa que a adesão dos trabalhadores à greve de hoje “está a ser praticamente total e quase só estão a circular comboios ao abrigo dos serviços mínimos decretados, que eram 25%”.
Com a greve nacional de 24 horas, os trabalhadores das bilheteiras e revisores da CP – Comboios de Portugal pretendem que a empresa retire a proposta de regulamento de carreiras que apresentou, que consideram humilhante.
Segundo Luís Bravo, os trabalhadores não aceitam a “extinção, por fusão, das categorias de revisor e de operador de venda e controlo da bilheteira”, considerando que se “mistura o conteúdo funcional das categorias, quando um trabalhador itinerante não tem nada a ver com um trabalhador fixo de uma bilheteira ou vice-versa”.
O sindicato também considera inaceitável “a extinção de carreiras para onde os trabalhadores podiam progredir, como a de técnico comercial 1 e 2” e pede a mediação negocial do ministério da tutela.
Contudo, a CP disse hoje de manhã que a proposta apresentada era “um ponto de partida” para negociação e que não pretende “extinguir as categorias de Operador de Revisão e Venda e Operador de Venda e Controlo”.
Aos clientes que já tenham bilhetes para viajar em comboios que sejam suprimidos, a CP garante o reembolso no valor total do bilhete adquirido, ou a sua revalidação, sem custos.
A empresa recomenda que os clientes procurem informação atualizada no seu ‘site’, na proximidade da viagem, uma vez que foram decretados serviços mínimos pelo Tribunal Arbitral, nomeado pelo Conselho Económico e Social.
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