Coimbra

Autor de disparos em discoteca de Coimbra condenado a sete anos e seis meses de prisão

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 20-07-2020

Um jovem de 23 anos que disparou junto da discoteca NB, em Coimbra, em 2019, foi hoje condenado a sete anos e seis meses de prisão, por homicídio qualificado na forma tentada e coação.

 

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O arguido estava acusado de três crimes de homicídio na forma tentada contra os três seguranças do estabelecimento, por ter disparado à frente da discoteca NB, após lhe ter sido barrada a entrada pelos funcionários.

O coletivo de juízes presidido por Miguel Veiga acabou por condenar o jovem por um crime de homicídio qualificado na forma tentada, dois crimes de coação na forma tentada e um crime de detenção de arma proibida.

“O senhor tem que perceber que está a colher o que andou a semear. Teve todas as oportunidades e mais algumas”, vincou o juiz, dirigindo-se ao arguido, recordando que, aquando dos factos, o jovem estava com duas penas suspensas a decorrer e tinha sido condenado recentemente a prisão domiciliária, estando a dias de a medida ser aplicada.

Para o juiz Miguel Veiga, o arguido estava “no meio de um castelo de cartas que podia cair”, considerando o seu comportamento “inadmissível” e “indesculpável”.

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“O seu percurso nos últimos dois anos é inadmissível. Até se pode pensar se não seria justo uma pena superior. O senhor tem que se consciencializar que está a colher tudo o que semeou”, reiterou.

O coletivo do Tribunal de Coimbra não deu qualquer credibilidade às declarações do arguido, referindo que, pelos videogramas das imagens de segurança, é possível constatar que a porta da discoteca ainda estava entreaberta quando efetuou um disparo nessa direção (o arguido tinha dito que só disparou porque sabia que a porta estava fechada).

O arguido também tinha referido que o disparo que deu para o ar (antes de disparar na direção da porta) tinha sido para afastar as pessoas.

“Quando diz que faz um disparo para o ar para as pessoas terem medo e para depois dar tiros à vontade na porta não lembra a ninguém”, vincou o juiz.

O juiz Miguel Veiga realçou que o Tribunal fez “um esforço” para compreender o contexto, mas não viu nada que permitisse uma explicação para o que aconteceu.

“Foi um ato isolado? Passou-se da cabeça? Nunca teve problemas? Tem registo criminal há vários anos, havia penas suspensas e uma pena de prisão domiciliária. Pior que isto eu não estou a ver”, vincou.

O jovem está preso preventivamente.

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