Coimbra
Conhece a Corrida do Entrudo das Aldeias do Xisto de Góis? É candidata às 7 Maravilhas da Cultura Popular. VOTE JÁ: 760 207 787
“Correr o Entrudo” é uma expressão da oralidade ainda em uso em forma de pergunta quando alguém veste mal, com roupas grandes ou desajustadas: “Vais para correr o Entrudo?”. A frase vem de uma tradição das aldeias de Góis, que é uma das finalistas distritais no concurso das 7 Maravilhas da Cultura Popular, na categoria Rituais e Costumes. Para votar na Corrida do Entrudo das Aldeias do Xisto de Góis deve ligar o 760 207 787 (custo da chamada 0,60 + iva).
A Corrida do Entrudo das Aldeias do Xisto de Góis é uma das tradições candidatas às 7 Maravilhas da Cultura Popular de Portugal e para ser eleita para a fase seguinte, está a votos até ao dia 22 de Julho, quando serão anunciadas em emissão da RTP, televisão oficial, as finalistas do distrito.
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Um susto ou uma quadra de mal dizer vinda de um ser mascarado de identidade ocultada por numa indumentária com trapos velhos e uma máscara de cortiça fazem parte do festejo do Entrudo. Personagens incógnitas, faziam a corrida pelas Aldeias do Xisto de Góis onde a imaginação era fundamental, preparando-se várias formas para encobrir a face, não fosse alguém, por azar, reconhecer um folião. Partir para a serra em busca de algum sobreiro mais antigo fazia parte do processo.
Encontrar um pedaço de cortiça com uma forma que fornecesse uma face diabólica e horripilante era o ideal. Pronta a máscara, havia que a adornar e procurar roupa velha para tapar o resto do corpo.
O ponto alto chegava com a declamação de quadras jocosas, criadas a partir de pequenas estórias que ocorriam durante o ano. Assim, com base nos registos orais da população local conclui-se que para “Correr o entrudo” é necessário rigor no modo de participar.
Durante muito tempo apenas participavam nesta folia homens e rapazes, mas com o avançado despovoamento das aldeias estas “corridas”, começaram a ter também a participação das raparigas e mulheres, de forma a manter o número de participantes e não deixar morrer a tradição.
Para que ninguém seja reconhecido do seu “mal dizer” e “mal fazer” trocam-se as roupas, os homens vestem-se com as roupas das mulheres e as mulheres vestem-se com roupas de homem.
Para esta tradição eram usadas roupas velhas, daquelas bem guardadas bem no fundo das arcas, sendo algumas vestidas do avesso e também são trocadas na sua ordem (roupas de interior por fora!). As roupas terão sempre que ser as mais antigas, como fatos, vestidos, lenços, xailes, sapatos, botas, luvas, etc.
O Município de Góis, presidido por Lurdes Castanheira, e as associações do concelho, como a Lousitânea e outras entidades, têm vindo a recuperar esta tradição em diversas ações de promoção do território e de Góis, nomeadamente, na Feira Internacional de Turismo de Lisboa (BTL), onde na última edição surpreenderam o público e os expositores com as partidas e figuras do entrudo.
Muitas das idiossincrasias desta tradição apenas são conhecidas devido ao trabalho de recolha de testemunhos, maioritariamente orais, dos munícipes mais idosos. A Corrida do Entrudo das Aldeias do Xisto de Góis acontece em aldeias como a Aigra Nova ou Aigra Velha, onde ainda é tradição a festa do entrudo. Ligue para votar: 760 207 787 (custo da chamada 0,60 + iva).
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