Partidos
PSD: Pessoal de apoio ao Grupo Parlamentar trabalha, afinal, na sede partidária
Não consta que cinco das cerca de 60 pessoas designadas para prestar apoio ao Grupo Parlamentar do PSD trabalhem na Assembleia da República, encontrando-se a exercer funções na sede do partido, apurou NOTÍCIAS de COIMBRA.
PUBLICIDADE
Trata-se de duas mulheres e três homens, sendo que uma delas, Sara Seruca, desempenha um cargo directivo na rua de S. Caetano à Lapa e outra, Natércia Barreto, coadjuva o secretário-geral adjunto Hugo Caneiro; Lélio Lourenço é assessor da Secretaria-geral do PSD e coordenador interino da área de implantação e ficheiros, Júlio Pisa exerce a função de designer gráfico na rua de S. Caetano à Lapa e Henrique Lopes colabora na parte informática da sede partidária.
A designação para o exercício de funções na sede do PSD consta de um despacho da autoria do secretário-geral, José Silvano, datado de Abril de 2019. A escolha do pessoal de apoio aos deputados social-democratas, efectuada em Novembro [de 2019], coube a um vice-presidente do Grupo Parlamentar (GP), tendo sido divulgada pelo secretário-geral da Assembleia da República.
Segundo o despacho nº. 11320/2019 de Albino de Azevedo Soares, Sara Seruca, Júlio Pisa e Lélio Lourenço são assessores do GP social-democrata, Natércia Barreto foi nomeada para exercer funções de secretariado e Henrique Lopes escolhido para técnico de informática.
Apesar de fazerem parte do sobredito pessoal de apoio, outras quatro pessoas (uma delas requisitada à Câmara Municipal do Porto) raramente são vistas no Parlamento.
A porta-voz de Rui Rio, presidente do PSD e líder da sua bancada parlamentar, Florbela Teixeira Guedes, que também assessora o GP, foi requisitada à Misericórdia do Porto.
Conterrâneo de Rui Rio, Hugo Carneiro é técnico superior do Banco de Portugal e acumula a função de deputado com o cargo partidário de secretário-geral adjunto.
O episódio do desfasamento de funções protagonizado pelas referidas pessoas destoa dos discursos pautados pela alusão à ética no desempenho de funções públicas, frequentemente proferidos por Rui Rio.
Numa peça publicada em 2018, a revista Sábado alude a assessores partidários pagos pela Assembleia da República, fazendo notar que o assunto é transversal a (quase) todas as forças políticas com representação no hemiciclo de S. Bento.
Sobre o PS, o artigo remete para responsáveis pela comunicação do partido a trabalhar no largo Rato e sem exercerem qualquer tarefa relacionada com a actividade parlamentar.
Nesse contexto, são referidos os casos de Maria Rui e Duarte Moral. Mas não se trata das únicas pessoas a trabalhar na sede partidária socialista remuneradas pela Assembleia da República, assinala a publicação do Grupo Cofina.
Related Images:
PUBLICIDADE