Cidade
Coimbra adapta Festas da Cidade ao contexto da pandemia
As Festas da Cidade de Coimbra vão realizar-se de 03 a 12 de julho, em formato adequado ao atual contexto de pandemia e “no cumprimento integral das orientações da Direção-Geral da Saúde (DGS)”, anunciou a Câmara.
“As celebrações [em 2020] serão diferentes dos últimos anos, apostando em eventos simultâneos, entradas controladas para adequar a lotação e transmissões ‘online’ para as redes sociais”, afirma a Câmara Municipal de Coimbra, numa nota enviada à agência Lusa.
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Com uma programação orientada para “apoiar a retoma da economia local”, baseada essencialmente em artistas locais, as Festas deste ano adotam um modelo “completamente moldado às novas circunstâncias impostas pelo atual contexto de pandemia” da covid-19, que “tornam a cidade pioneira na retoma de eventos culturais ao ar livre”, sustenta a autarquia.
Do programa, destaque, designadamente, para a inauguração do Centro de Arte Contemporânea, que acolhe a Coleção BPN, que reúne perto de duas centenas de obras de arte, no Dia da Cidade (04 de julho) e, por outro lado, para espetáculos com André Sardet e João Só, Anaquim, JP Simões, Cithara ou Mancines, entre outros artistas.
O ‘cartaz’ das Festas integra também iniciativas como exposições, programação infantil, mini-concertos em simultâneo em vários locais, e “’vídeo mapping’ nas fachadas das casas, num espetáculo itinerante denominado ‘Festival à Janela’, por várias freguesias do concelho”, e serões em casas de fado, exemplifica a Câmara.
Um concerto de Os Quatro e Meia, agendado para a noite de 03 de julho, às 22:00, na Praça das Bandeiras do Convento São Francisco, abre uma série de quatro espetáculos “com plateia sentada, lotação adequada e transmissão ‘online’ para as redes sociais do município”, adianta a Câmara, sublinhando que, “além da aposta na retoma cultural”, esta edição das Festas da Cidade também pretende “reanimar social e economicamente o concelho, em especial nos setores da hotelaria, restauração e comércio”.
O Jardim da Sereia também será palco de concertos com lugares marcados e transmissão ‘online’, designadamente em 10 de julho e no dia seguinte, com atuações dos Anaquim e de André Sardet com João Só, respetivamente, ambos às 22:00.
A Praça 8 de Maio e o Terreiro da Erva, na Baixa histórica da cidade, são outros dos palcos das Festas, o primeiro para atuações, por exemplo, de Mancines e de JP Simões, também no dia 10, às 18:30 e às 22:00, respetivamente.
Com um total de dez espetáculos distribuídos por cinco espaços, os mini-concertos, prometem levar a palco “muitos artistas de Coimbra ou que, de algum modo, estão ligados à cidade”, para “dar a conhecer ao público o que de melhor por cá se faz”, da comédia à música, desde o pop rock à música tradicional portuguesa ou ao jazz com a canção de Coimbra.
Procurando “incentivar à retoma do funcionamento das Casas de Fado existentes no centro histórico” da cidade, a Câmara oferece (através da aquisição das bilheteiras) uma série de 12 serões da canção de Coimbra nas casas Fado ao Centro e Centro Cultural ‘à Capella’, cujo acesso é gratuito mas, como todos os outros concertos, sujeito a reserva prévia.
Em relação ao espetáculo itinerante de ‘vídeo mapping’ nas fachadas das casas, da empresa O Cubo, denominado “Festival à Janela”, a Câmara pretende que “o público assista, confortavelmente, a partir das janelas e varandas de suas casas a concertos projetados no espaço urbano, com duração entre 10 a 15 minutos”.
Noiserv, Teresa Salgueiro, The Legendary Tigerman e Jack Pierce são alguns dos artistas que integram o programa deste “singular festival”, que poderá ser assistido a partir de janelas e varandas do Vale das Flores e do Bairro Norte de Matos, na noite de 03 de julho, do Cidral e da Solum (dia 04), de Celas e dos Olivais (dia 05), do Monte Formoso, do Loreto, da Pedrulha e de Eiras (dia 10) ou de Santa Clara e São Martinho do Bispo (dia 11), sempre a partir das 21:30.
As Festas da Cidade de Coimbra foram pensadas “tendo em consideração o exato cumprimento de todas as normas preconizadas pela DGS”, assegura a Câmara, referindo designadamente que os espetáculos “cumprirão a lotação possível imposta por lei e serão devidamente delimitados”, os lugares serão previamente identificados, cumprindo um distanciamento mínimo de metro e meio entre os espetadores e a entrada e a saída do público serão efetuadas em circuitos próprios.
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