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Santa Clara e Castelo Viegas: Assembleia mostra “cartão amarelo” à Junta

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 19-06-2020

A Assembleia da UF de Santa Clara e Castelo Viegas mostrou ‘cartão amarelo’ à Junta ao demarcar-se, ontem (18), das contas do exercício de 2019.

O documento proveniente do órgão executivo, liderado por José Simão (PSD), só obteve apoio da bancada da coligação “Mais Coimbra” (Centro-Direita), tendo sido reprovado com votos do PS (quatro) e da CDU (um), perante a abstenção dos movimentos “Somos Coimbra” e Cidadãos por Coimbra (CpC).

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Concluído o escrutínio, um dos dois representantes de “Somos Coimbra” questionou o presidente da Assembleia quanto à possibilidade de o movimento independente alterar o sentido de voto (aparentemente, de forma a aprovar as contas), mas a hipótese foi descartada por José Carlos Clemente (PS).

Tratou-se de uma situação inusitada porquanto, na fase em que os independentes se exprimiram, já era perceptível a advertência da Assembleia ao órgão executivo.

A reunião da Assembleia da União de Freguesias (“Mais Coimbra” desfruta apenas de maioria relativa) ficou marcada pela inoperância da parceria estabelecida pelo PSD e pelo PS quanto à composição da Junta (de cujos cinco elementos dois são socialistas).

De resto, Ramiro Simões (PS), vogal da Junta, remeteu para vício de forma na aprovação das contas em sede do órgão executivo.

José Simão classificou de nojenta uma resenha feita por Simões. “Estou a gostar de ouvir este Senhor”, ironizou o autarca social-democrata.

Neste contexto, sobressaiu, ainda, um diálogo em tom de voz alto, protagonizado pela tesoureira, Lídia Falcão (“Mais Coimbra”), e pela secretária da Junta, Filipa Nobre (PS).

Por mais de uma vez, o presidente da Assembleia apelou a elevação da parte dos autarcas.

“O que aqui se viu é triste e lamentável”, opinou Margarida Pocinho (“Mais Coimbra”), em cujo ponto de vista “alguém deve demitir-se se acha que isto [acordo de cavalheiros] não é pare levar até ao fim” (Outono de 2021).

A bancada do PS prescindiu de debater as contas devido a alegada falta de acesso a documentação. Bertília Simão, vogal do órgão executivo, rejeitou que tenha obstaculizado o acesso a documentação por parte de três autarcas socialistas.

Eventuais insuficiências do inventário patrimonial da UF e suposta existência de dezenas de alterações orçamentais apesar de não constar em actas que elas hajam sido aprovadas pelo órgão executivo são aspectos invocados por António Neves (eleito pelo PS).

O mesmo autarca redigiu um requerimento no sentido de a Junta lhe facultar cópias da facturação de gasóleo e gasolina e dos registos quilométricos de viaturas.

“Nunca no meu carro [pessoal] entrou uma lágrima de combustível” pago pela Junta, replicou José Simão.

 

 

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