Coimbra
Coimbra: Acusado de violência doméstica justifica-se com “agressão mútua”
Um indivíduo acusado de violência doméstica e de infligir maus tratos ao pai negou, hoje, no Tribunal de Coimbra, ter molestado o progenitor e remeteu para “agressão mútua” o caso protagonizado com a esposa.
Vítor M., sexagenário, reformado, único filho de Estêvão, rotulou de mentira “a maioria das coisas” invocadas pela esposa.
Uma testemunha, cunhada do arguido, atribuiu a ciúmes de Vítor M. agressões alegadamente infligidas à irmã dela.
Vítor M. desabafou que a esposa terá começado a desprezá-lo quando soube que o filho [de ambos] adoecera.
“Dissesse ela o que dissesse, ele enervava-se”, sintetizou a cunhada do arguido.
Igualmente em depoimento testemunhal, Pedro D., afilhado de Estêvão, aludiu a relatos de presumível violência da autoria de Vítor M.
A PSP foi chamada, em Maio de 2019, devido a maus tratos alegadamente sofridos por Estêvão na sequência de recusa em passar uma procuração ao filho.
Um agente da Polícia afirmou que o arguido atribuiu a uma suposta queda as escoriações do pai.
Segundo Vítor M., cujo filho já faleceu, a esposa deixou de voltar à morada de família, dizendo ele desconhecer o respectivo paradeiro.
Ao sustentar que a mulher possuía uma procuração passada pelo sogro, o arguido reconheceu ter solicitado outra ao pai dele, sendo que Estêvão não acatou o pedido e terá rotulado Vítor M. de vigarista.
Perante instâncias dos magistrados, o arguido alegou haver salvado a mulher, por ocasião de um desmaio, em 2016 ou 2017.
“A sua mulher caiu, no dia em que a viu pela última vez”?, perguntou, enfaticamente, a magistrada que representa o Ministério Público.
O MP prescindiu do depoimento testemunhal de Estêvão, que, aos 90 anos de idade, denota falta de lucidez, e do da nora do arguido.
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