Economia

Turismo do Centro quer rede regional de programação e gestão cultural

Notícias de Coimbra | 11 anos atrás em 14-03-2014

O presidente do Turismo do Centro defendeu hoje, na Batalha, distrito de Leiria, a criação de uma rede de programação e gestão cultural no sentido de criar uma “agenda comum” para potenciar a região.

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Pedro Machado explicou que o trabalho passa por “pegar na programação um pouco dispersa dos museus, da Delegação Regional da Cultura e de todos os agentes culturais, e uniformizar, através de uma agenda comum, que transforme isto num potencial da região, particularmente para a oferta do mercado interno e, a partir daí, também, um fator de atratividade e de permanência dos turistas para aquilo que pode vir a ser a atração externa”.

À margem da conferência “O novo quadro estratégico europeu 2014-2020, oportunidade económica – novos desafios para as empresas”, o responsável destacou o património classificado pela UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura na região: Tomar, Batalha, Alcobaça e Coimbra.

“Se pensarmos o património natural – a Berlenga e Geoparque NaturTejo – estamos a falar de seis sítios classificados como Património Mundial”, adiantou o presidente do Turismo do Centro, apontando a possibilidade de “acrescentar a esta evidência, através de uma rede de promoção daquilo que é património cultural classificado, também uma rede de intervenção e animação desse património”.

Pedro Machado considerou a “sazonalidade” e a “estada média” como dois problemas do Turismo do Centro.

“A região Centro tem 1,8 noites de estada média, quando a média nacional está nos 2,2. Precisaríamos, pelo menos, de acrescentar dois dígitos e podermos ultrapassar as duas noites, duas noites e meia naquilo que é a estada média”, declarou.

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Para o presidente do Turismo do Centro, para que os turistas fiquem na região é preciso criar respostas à pergunta: “O que é que podemos fazer aqui?”.

“Isso é visível, por exemplo, nos núcleos urbanos que recebem turistas estrangeiros”, observou, referindo a este propósito: “Um dos mercados mais emergentes e com maior crescimento para a região Centro tem sido o Brasil e o brasileiro é ávido de ‘shopping’ e de programação cultural”.

Pedro Machado admitiu, contudo, que a região Centro não tem “uma rede instalada que permita ter uma oferta integrada daquilo que é a diversidade do património”.

“Isso é um dos projetos que defendemos que deveria ser naturalmente apoiado, porque é uma montra muito grande”, afirmou, reconhecendo que gerir uma rede com cem municípios “não é uma tarefa fácil”.

O responsável referiu ainda que para este projeto é necessário o envolvimento de outros parceiros, como “a Direção Regional da Cultura, os municípios, através das suas comunidades intermunicipais”, mas também haver “uma relação direta com todos os agentes culturais”, de que exemplificou o Teatrão, de Coimbra, o ACERT, de Tondela, Viseu, os teatros municipais e “tantos outros”.

“Não há, de facto, ainda, hoje, uma capacidade instalada de os promover em simultâneo e é isso que defendemos que devia acontecer”, declarou.

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