Economia
Municípios de Viseu Dão Lafões dizem que supressão de comboios é “mais um ataque ao interior”
“O Conselho Intermunicipal da CIM Viseu Dão Lafões manifesta, de forma unânime, o seu repúdio por tal decisão, exigindo a reposição imediata dos horários suprimidos, mantendo em funcionamento a operação até aqui desenvolvida”, refere aquela organização, em comunicado.
A sua indignação prende-se com o facto de esta decisão ter sido tomada “a coberto da situação vivida pelo país, por força do surto pandémico de covid-19”, e “sem que antes tenha estabelecido qualquer tipo de diálogo com a CIM Viseu Dão Lafões, nem com os municípios seus associados”.
No seu entender, “não pode uma empresa, que até é paga com os impostos de todos os portugueses, a tomar decisões que contribuem para o isolamento das populações e que colocam em causa a coesão social dos territórios”.
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O Conselho Intermunicipal da CIM pergunta ao presidente da CP “se o tão propalado reforço da oferta de longo curso apenas se destina aos portugueses e às portuguesas do litoral e das grandes áreas metropolitanas”.
“Não pode a Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões deixar de afirmar que esta é mais uma decisão que isola o interior, fragiliza os nossos territórios e amplifica as assimetrias regionais”, sublinha.
em resposta à Lusa, a CP disse que “no cenário de retoma gradual da atividade económica do país”, a empresa “não repôs a oferta habitual a 100% nesta ligação”.
“Assim, desde o passado dia 31 de maio, as ligações Lisboa – Guarda passaram a ser asseguradas por dois comboios Intercidades, por sentido. A CP vai manter diariamente a monitorização da procura destes serviços para introduzir eventuais alterações ou reforços de capacidade, sempre que a evolução da procura o justifique”.
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