Portugal
Incêndios: Dispositivo de combate tem 30 meios aéreos em vez dos 37 previstos
Numa resposta enviada à agência Lusa, a Força Aérea precisa que estão pendentes sete helicópteros ligeiros devido “a uma providência cautelar, com efeitos suspensivos imediatos, interposta por um dos concorrentes” durante o processo de aprovisionamento.
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A Força Aérea acrescenta que solicitou o levantamento do efeito suspensivo e aguarda decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal de Loulé.
Fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) avançou também à Lusa que os dois aviões de avaliação e reconhecimento que estavam em falta no DECIR até ao dia de hoje já foram rececionados e vão ser colocados na terça-feira nas bases de meios aéreos para que na quarta-feira entrem na operação de combate aos fogos.
Devido à falta dos sete helicópteros ligeiros, a ANEPC procedeu a um reajustamento do dispositivo de ataque inicial, reposicionando o helicóptero ligeiro de Cernache para a Lousã e o helicóptero ligeiro de Santa Comba Dão para Vale de Cambra.
O esclarecimento da Força Aérea e da Proteção Civil surge após o PSD ter questionado o Governo sobre a falta de 11 meios aéreos de combate a incêndios, o que está a deixar alguns distritos, como por exemplo Braga, Portalegre, Setúbal e Beja, sem qualquer meio.
A Diretiva Operacional Nacional (DON), que estabelece o dispositivo especial de combate a incêndios rurais (DECIR) para este ano, prevê para o período de 15 a 31 de maio (fase de nível II) 37 meios aéreos, mas até hoje só estiveram disponíveis 28, faltando nove.
Durante esta última quinzena estão ainda disponíveis 8.402 operacionais que integram as 1.945 equipas e 1.968 viaturas dos vários agentes presentes no terreno.
Os meios de combate a incêndios voltam a ser reforçados em 01 de junho, mas é entre julho e setembro, conhecida pela fase mais crítica, o período que mobiliza o maior dispositivo, estando este ano ao dispor de 11.825 operacionais, 2.746 equipas, 2.654 veículos e 60 meios aéreos.
Os meios são este ano reforçados em 3% face a 2019, nomeadamente com mais guardas florestais e sapadores florestais, e o dispositivo aéreo é contratado para quatro anos.
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