Polícias
GNR entrega vestuário e calçado apreendidos a 15 lojas sociais e instituições
O Comando Territorial da GNR da Guarda iniciou hoje a distribuição de 2.900 peças de vestuário e de calçado, apreendidas em ações de fiscalização, a 15 lojas sociais e instituições dos 14 municípios do distrito.
“Desta vez estamos a entregar, principalmente, às lojas sociais dos concelhos do distrito, àqueles municípios que têm loja social, ou então a alguma instituição indicada pelos municípios para que nós façamos essa distribuição”, explicou à agência Lusa o major Marco Pina, Relações Públicas da GNR da Guarda.
Segundo o responsável, desta vez, a opção do Comando Territorial da GNR da Guarda é entregar roupa e calçado “aos municípios e a instituições que têm um melhor conhecimento da realidade atual” e “das dificuldades que as famílias passam nesta altura” de crise provocada pelos efeitos da pandemia da covid-19.
Como a pandemia “veio trazer algumas dificuldades económicas acrescidas a algumas famílias” da região, a GNR decidiu distribuir as peças contrafeitas, que foram apreendidas no decorrer da sua atividade operacional e que, por decisão judicial, foram declaradas perdidas a favor do Estado, para que possam ser distribuídas “pelas famílias mais necessitadas”.
No seguimento da decisão judicial, o Comando Territorial da GNR da Guarda decidiu, mais uma vez, desenvolver a iniciativa solidária para que os artigos apreendidos possam chegar “às pessoas que atravessem maiores dificuldades”.
Face às restrições impostas pela situação de calamidade e para evitar um grande aglomerado de pessoas no mesmo espaço físico, o processo de distribuição foi iniciado hoje e prolonga-se até sexta-feira.
A GNR está a distribuir 193 peças de calçado e vestuário a cada uma das 15 entidades abrangidas.
A medida contempla lojas sociais dos municípios de Aguiar da Beira, Almeida, Sabugal, Manteigas, Mêda, Trancoso, Celorico da Beira, Pinhel, Fornos de Algodres, Gouveia e Vila Nova de Foz Côa, a Fundação João Bento Raimundo e a Junta de Freguesia da Guarda (na Guarda), a Fundação D. Ana Paula (Figueira de Castelo Rodrigo) e a Escola Evaristo Nogueira (Seia).
O presidente da Junta de Freguesia da Guarda, João Prata, disse à Lusa que a oferta da GNR é “uma boa ajuda” e serve para “reforçar o portefólio da Loja Social “Mão Amiga”, que tem dois polos na cidade.
“Obviamente, é um reforço muito grande para o conjunto de vestuário e calçado e brinquedos que nós temos na Loja Social e vai dar seguramente para renovar um bocadinho [a oferta disponibilizada], porque esta loja vive, como é evidente, das dádivas e do contributo dos cidadãos da Guarda”, disse.
O autarca referiu que nesta época “todas as ajudas são bem-vindas”, embora sublinhe que, nas últimas semanas, devido à pandemia, tem notado um maior pedido de “reforço alimentar”.
Segundo João Prata, a Junta de Freguesia da Guarda costuma apoiar mensalmente “uma média de 90 a 100 famílias”, mas nas últimas semanas aumentou o número de pedidos por pessoas que não costumavam recorrer à autarquia.
Uma situação que o responsável justifica pelo facto de os vendedores ambulantes, por exemplo, não realizarem mercados e, como “só têm essa base de sustento”, a sua base económico-financeira “está debilitada, neste momento”.
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