Crimes

Traficantes usam entregas ao domicílio para transportar drogas

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 30-04-2020

A Interpol lançou hoje um alerta sobre um novo procedimento dos traficantes que consiste em usar serviços de entrega de pizza e outros alimentos para transportar drogas ou armas nos países sujeitos a confinamento.

Imagem figurativa

Segundo esta organização da cooperação policial internacional, a polícia espanhola prendeu, no início de abril, em Alicante e Valência, sete pessoas vestidas de entregadores que, em vez de levarem pizzas a casa, transportavam cocaína e canábis de bicicleta, mota ou carro.

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Algumas drogas foram escondidas em mochilas falsas semelhantes às usadas para fazer as entrega ao domicílio, disse a Interpol, que alertou os 194 Estados-membros para este novo tipo de operação.

Os mesmos procedimentos foram identificados pela polícia na Irlanda, Malásia, Espanha e Reino Unido, onde falsos distribuidores de comida transportavam cocaína, canábis, cetamina e ecstasy.

Na Irlanda, por exemplo, a polícia encontrou oito quilos de cocaína e duas armas escondidas em caixas de pizza.

“Os criminosos estão a adaptar-se a um mundo modificado pela pandemia da covid-19”, afirmou o diretor de serviços da Interpol, Stephen Kavanagh, sublinhando a importância de alertar as forças de segurança de todo o mundo sobre os novos circuitos do tráfico.

Desde que foi detetada na China, em dezembro do ano passado, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 227 mil mortos e infetou quase 3,2 milhões de pessoas em 193 países e territórios, segundo um balanço da agência de notícias AFP.

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Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (60.999) e mais casos de infeção confirmados (mais de um milhão).

Seguem-se Itália (27.682 mortos, mais de 203 mil casos), Reino Unido (26.097 mortos, mais de 165 mil casos), Espanha (24.543 mortos, mais de 213 mil casos), França (24.087 mortos, cerca de 169 mil casos).

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