Coimbra
Navigator reduz produção de papel em 15%
A Navigator vai reduzir a produção de papel para impressão e escrita (UWF) em 15%, a partir desta quarta-feira, devido à “queda significativa de encomendas” após ser decretado o estado de emergência em Portugal devido à pandemia de covid-19.
“Esta suspensão terá lugar a partir do dia 22 de abril por um período por agora estimado de 30 dias. No imediato, será afetada 15% da capacidade de produção de papel de impressão e escrita (UWF)”, lê-se no comunicado emitido hoje pelo grupo empresarial, que concluiu 2019 com um volume de negócios de 1,68 mil milhões de euros.
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A Navigator confirmou ainda que a redução da produção, inédita “na sua história”, vai ser concretizada com a suspensão gradual de algumas das máquinas de papel, de forma a equilibrar a oferta de papel à procura existente dos 120 mercados onde “regularmente opera”.
Apesar da “redução da atividade económica”, visível “com o fecho de comércio, escolas, universidades e escritórios”, a empresa prometeu manter os rendimentos dos seus trabalhadores, que são mais de 3.000, segundo a informação que consta no seu sítio oficial na internet.
O grupo, indica ainda o comunicado, reduziu a produção, depois da procura por papel UWF ter-se mantido estável no começo de 2020 e das encomendas terem atingido o “segundo valor mais alto da história” da empresa, em meados de março.
“Apesar de o consumo de UWF ter demonstrado, no passado, uma grande resiliência face à evolução de outros tipos de papel de impressão e escrita, estas medidas, excecionais, afiguram-se necessárias para que o grupo consiga reagir de forma dinâmica às alterações que ocorrem diariamente no mercado”, refere a Navigator.
A empresa frisa que a “expectável quebra de rendimentos” vai ser mitigada com “diversas medidas de redução de custos” e uma “revisão significativa do seu plano de investimentos”, tendo adiantado que a situação de liquidez é confortável, fruto de um aumento das disponibilidades de curto prazo e de “uma gestão criteriosa” dos ‘stocks’ de papel e das matérias-primas.
Apesar da quebra na produção de papel UWF, o grupo esclarece que a fábrica de Aveiro vai continuar a laborar “dentro da normalidade”, na produção de pasta de celulose para mercado e na produção de papel ‘tissue’ (utilizado nos lenços de papel e no papel higiénico).
A fábrica de ‘tissue’ em Vila Velha de Ródão, no distrito de Castelo Branco, também vai continuar a trabalhar.
O grupo empresarial acrescenta que tem um plano de contingência que visa “defender a saúde de todos os colaboradores” e “assegurar a continuidade das operações”.
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