O Centro de Acolhimento João Paulo II vai vender produtos variados, a partir de domingo, na garagem da paróquia de São José, em Coimbra, para dar resposta ao aumento de pedidos de ajuda de famílias em dificuldade, disse hoje o presidente da associação.
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“São cada vez mais os pedidos e não temos meios para acudir a uma cidade inteira”, alertou Armando Garcia, presidente do Centro de Acolhimento João Paulo II.
Para atender a esses mesmos pedidos, que “chegam todos os dias”, a instituição decidiu reabilitar a garagem da paróquia de São José, em Coimbra, e transformá-la num espaço onde são vendidos produtos variados, às terças-feiras, quintas-feiras e domingos, entre as 09:00 e as 13:00.
“Os cantares do Governo de que a Economia está a despontar são uma utopia para as instituições de solidariedade social e para as famílias”, criticou Armando Garcia, considerando que “a retoma da economia está longe de ser uma verdade para o orçamento das famílias”.
De acordo com o presidente do centro, “há um desfasamento da realidade por parte deste Governo que, ou é propositado, ou é por ignorância pura”, asseverou, questionando como é que “os governantes conseguem dormir à noite, quando há pobreza e miséria”.
“É um ultraje falar-se de que o país está melhor quando tantas famílias vivem numa angústia permanente. Se o país está melhor, será só na casa deles”, protestou Armando Garcia.
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Perante este contexto, o presidente explicou à agência Lusa que o Centro de Acolhimento “tem que se desdobrar em eventos e iniciativas”, para procurar “novas formas de gerar dinheiro”.
Na “Garagem de Oportunidades”, serão vendidos produtos alimentares, como mel, queijo ou chouriço, mas também móveis, roupa ou pinturas, tudo “a preços simbólicos”, informou Armando Garcia.
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