Saúde
Atelier de Joana Vasconcelos fecha portas e entra em ‘lay-off’
O atelier da artista Joana Vasconcelos, em Lisboa, anunciou hoje que encerrou portas, “pela primeira vez em 25 anos”, devido à pandemia de covid-19, e abriu um processo de ‘lay-off’ para cerca de 50 trabalhadores.
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Num comunicado enviado à agência Lusa, o atelier salienta que “a crise mundial inédita” que ameaça a economia e a saúde pública, “fez-se sentir de imediato na comunidade artística”.
Seguindo as recomendações institucionais, a equipa do Atelier Joana Vasconcelos passou inicialmente a regime de teletrabalho, mas acabou por decidir avançar para o processo de ‘lay-off’ dos seus trabalhadores para “suprir os custos mensais, e como recurso temporário para assegurar todos os postos de trabalho, ajudando a manter uma equipa de mais de 50 pessoas a garantir a sua subsistência e a das suas famílias”.
“Pela primeira vez em 25 anos, conhecemos a tristeza de fechar as portas sem saber quando voltaríamos a abri-las”, indica ainda o comunicado do atelier situado na Doca de Alcântara, em Lisboa.
Contactada pela agência Lusa, a artista disse que tinha vários projetos em curso, nomeadamente seis exposições nos Estados Unidos, Índia e Dinamarca, e foram todos adiados.
“Isto é uma desgraça. O setor cultural vive do contacto com o público e neste momento está tudo cancelado. O meio artístico vive uma situação muito difícil”, avaliou.
Sobre os apoios públicos e privados disponibilizados para a cultura, a artista – cujo trabalho é apresentado sobretudo no estrageiro – considera que “toda a gente está a fazer o que pode, num espírito de solidariedade, que é o mais importante agora”.
“A incerteza com o futuro é enorme, mas o que deve prevalecer nesta situação de crise é a tolerância e a compaixão”, apelou a artista de 48 anos, que representou Portugal na Bienal de Arte de Veneza em 2013.
Joana Vasconcelos foi a primeira mulher artista a ser convidada a criar uma exposição para o Palácio de Versalhes, em Paris, em 2012.
Em 2010, apresentou a exposição antológica “Sem Rede” no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, e o seu trabalho tem sido exposto em museus um pouco por todo o mundo.
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