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Sindicatos médicos criticam distanciamento do Governo e querem mais proteção

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 10-04-2020
A Federação Nacional e o Sindicato Independente dos Médicos criticam a “distância” da ministra da Saúde aos organismos que exigem do Estado mais proteção e pediram o alargamento dos testes aos profissionais assintomáticos que tenham contactado com doentes infetados.

As preocupações da Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) foram expressas numa reunião com o secretário de Estado da Saúde, António Sales, da qual esteve ausente a ministra da Saúde, Marta Temido, que “opta por manter a distância dos representantes dos médicos, ao mesmo tempo que lhes exige flexibilidade e esforços extraordinários”, criticaram as duas organizações num comunicado hoje divulgado.

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No encontro que teve como foco a proteção de médicos e utentes no contexto da situação de pandemia, os dois sindicatos vincaram a necessidade de “proteção integral dos médicos e restantes profissionais de saúde, assegurando o uso de equipamentos individuais de nível adequado” e o alargamento dos testes a “profissionais assintomáticos, que tenham contactado com doentes covid-19 positivos”.

Na reunião os sindicatos defenderam ainda o alargamento da capacidade de testes aos profissionais de saúde e população e denunciaram “a insuficiência das estruturas de Saúde Ocupacional, na abordagem aos profissionais infetados ou com exposição de risco”, bem como a disparidade entre instituições na abordagem da infeção como doença profissional.

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A FNAM e o SIM entendem como essenciais o respeito integral pelos acordos coletivos de trabalho dos médicos, nomeadamente no que respeita ao descanso e ao pagamento do trabalho suplementar.

Defendem igualmente a regularização dos regimes de trabalho com equipas em espelho ou similar, o pagamento a 100% da incapacidade temporária para todos os médicos com covid-19 como doença profissional e o reconhecimento do papel dos médicos, “cujo exame final de especialidade foi adiado ou não homologado e que se encontram a exercer funções como especialistas na prática, mas remunerados como médicos internos”, refere o comunicado.

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