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Pescadores da Figueira da Foz registam quebra de 50% do valor do pescado na lota
Com a restauração encerrada e as pessoas a optarem por comprar menos produtos frescos, o valor do pescado vendido em lota tem caído cerca de 50%, disse à agência Lusa o presidente da Cooperativa de Produtores de Peixe do Centro Litoral, António Lé.
No entanto, a desvalorização do preço do pescado pode chegar aos 80% quando se fala de peixes mais caros, como os pregados, pargos, robalo do mar ou linguados, que tinham como principal saída a restauração, salientou o presidente da cooperativa, que abrange a atividade do setor entre a Nazaré e Aveiro.
“Mais de 80% desse pescado ia para a restauração e grande parte do resto para exportação, em que a Itália era o mercado para esses peixes muito valorizados”, notou António Lé, dando exemplo de um pregado, que dantes poderia ser vendido por 25 a 30 euros e agora está entre os cinco e os sete euros.
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Para além de uma redução no valor do peixe, o presidente da cooperativa realça que há também menos peixe a ser vendido em lota.
“Mais de metade das embarcações estão paradas, até para minimizar a desvalorização do pescado”, referiu, salientando que os armadores têm consciência que “este ano vai ser atípico”.
O novo coronavírus responsável pela presente pandemia foi detetado na China em dezembro de 2019 e já infetou mais de 1,4 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais mais de 80.000 morreram.
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