Economia
Lucro da H&M sobe 140% no 1.º trimestre do ano fiscal para 176 milhões de euros
O lucro da H&M registou um crescimento de 140% no primeiro trimestre do ano fiscal (dezembro-fevereiro), para 176 milhões de euros, face a igual período do exercício anterior, anunciou hoje a cadeia de moda sueca.
A multinacional avisou, em comunicado, que os resultados do próximo trimestre serão “muito negativos” devido à pandemia da covid-19.
O resultado operacional subiu 168% para 245 milhões de euros e as vendas líquidas totalizaram 5.005 milhões de euros, mais 5% quando contabilizadas em divisas locais.
Quanto ao nível dos ‘stocks’, um dos principais problemas da H&M nos últimos anos, melhorou, embora tenha registado uma queda de 12% em valor, após o ajustamento cambial, plo que o seu valor contabilístico representa 15,7% das vendas nos últimos 12 meses.
No comunicado, a H&M refere ainda que o stock acumulado irá aumentar temporariamente devido à pandemia da covid-19, apesar de esperar que normalize quando a procura recuperar e também graças a alterações “bem-sucedidas” operadas pela empresa.
A H&M informou ainda que as vendas recuaram 46% em março, face a igual mês do ano fiscal anterior, contabilizadas em moedas local, por causa da pandemia do novo coronavírus.
No final de março, 3.778 das 5.065 lojas H&M estavam fechadas, mas desde meados deste mês, todos as lojas nos principais mercados do grupo estavam encerradas.
Em relação às vendas da H&M pela Internet há a destacar que aumentaram 17% em março em moedas locais, uma vez que os canais de vendas digitais estão abertos em 47 dos 51 mercados em que a multinacional opera.
A procura na China, país onde o surto do novo coronavírus se iniciou, já começou a recuperar gradualmente, sendo que quase todas as lojas do grupo naquele país reabriram e as vendas têm aumentado progressivamente.
A presidente executiva da H&M, Helena Helmersson, disse que “o segundo trimestre será naturalmente afetado negativamente pela pandemia da covid-19 e, portanto, haverá prejuízos”.
Esclareceu, no entanto, que a empresa está “muito bem posicionada” para lidar com a situação e que “já tomou várias medidas”, nomeadamente adiar investimentos, ajustar compras e iniciar um diálogo com os proprietários de suas instalações, além de propor que os dividendos não sejam distribuídos no último exercício fiscal.
Além disso, a H&M já suspendeu temporariamente o emprego dos seus funcionários nos mercados mais afetados, o que envolve “milhares de trabalhadores” em todas as áreas de negócios, sem especificar o seu número exato.
“A liquidez do grupo H&M é boa”, refere-se no balanço, que adianta que a multinacional continua a trabalhar para combinar diferentes soluções financeiras.
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