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Refeições servidas na Cozinha Económica de Coimbra duplicam entre 2010 e 2013

Notícias de Coimbra | 11 anos atrás em 25-02-2014

As refeições servidas na Associação Cozinhas Económicas Rainha Santa Isabel (ACERSI) quase que duplicaram em quatro anos, num momento em que as receitas escasseiam e a instituição apela à contribuição na declaração de rendimentos.

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O número de refeições servidas pela ACERSI aumentou de 79 mil refeições, em 2010, para 136 mil refeições servidas em 2013, sendo que apenas 23% dos utentes pagam a comparticipação de 1,4 euros estipulada pela associação.

Face a esta situação, a ACERSI está a desenvolver uma campanha de sensibilização para que os contribuintes, aquando do preenchimento de IRS (imposto sobre o rendimento singular), possam doar 0,5% à instituição, de forma a garantir “que as portas continuam abertas”, disse à agência Lusa a presidente da associação, Arminda Lemos.

“A consignação está prevista na lei e os contribuintes não perdem dinheiro com isso”, explicou Arminda Lemos, frisando que este gesto pode “ajudar na sustentabilidade da casa”, que de momento serve uma média de 489 refeições por dia.

Os custos “energéticos e alimentares são cada vez maiores”, sem que as receitas, donativos ou outro tipo de contribuições acompanhem esse aumento, estando previsto, para 2014, um prejuízo de 15 mil a 16 mil euros, alertou a presidente da ACERSI.

O subsídio da Segurança Social também “se tem mantido”, apesar de se observar “um aumento dos encaminhamentos” para a ACERSI, constatou.

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“O número de utentes gratuitos continua a aumentar”, disse Arminda Lemos, salientando a “necessidade para diversificar fontes de receita”, de forma a garantir a continuidade da instituição que abriu em 1933.

Apesar de um plano geral nada animador, na instituição “nunca se fecha a porta a ninguém”, sublinhou a presidente.

Fernanda Pereira, irmã das Criaditas dos Pobres, congregação religiosa que trabalha com a ACERSI desde 1936, considera que “há quase uma relação familiar” com as pessoas que ali chegam, contando que, apesar de haver poucos utentes a pagarem a comparticipação, “os tachos esvaziam-se à mesma”.

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