Empresas
Associação Empresarial da Região de Coimbra exige linha de crédito de mil milhões
A NERC – Associação Empresarial da Região de Coimbra exigiu hoje ao Governo uma linha de crédito de emergência para o comércio e serviços de 1.000 milhões de euros para fazer face aos prejuízos causados pela pandemia da covid-19.
“No final desta pandemia, os hábitos de consumo e as empresas jamais voltarão a ser as mesmas e muitas jamais reabrirão e outras irão alterar profundamente a sua forma de estar”, salienta a associação, em comunicado enviado à agência Lusa.
A NERC considera que é necessário “assegurar a manutenção e salvação de um aparelho económico e ter em especial atenção setores mais afetados, como sejam o comércio e serviços”.
“Falamos de milhares de empresas de reduzida dimensão, sem grandes reservas financeiras, onde a venda diária é a única fonte de sustentabilidade ou de constituição do seu fundo de maneio”, refere o comunicado.
Convicta de que muitas empresas não vão conseguir fazer face às despesas, a NERC defende medidas urgentes em que o Estado funcione como garante e “que vão ao encontro da necessidade da maioria das micro e pequenas empresas, tal como foi feito em tempo oportuno no turismo, restauração e similares e indústria”.
Para a NERC, é preciso ter em conta “que as empresas do comércio e serviços locais, de proximidade e dos centros históricos das cidades necessitam de liquidez imediata para fazer face às suas obrigações”.
“Estas linhas de crédito não deixam de ser uma forma de as empresas se endividarem para de futuro, uma vez que não existe qualquer tipo de apoio a fundo perdido e mesmo as taxas de juro, sendo baixas, são muito acima daquilo que devia ser”, critica a associação, que defende “taxas justas” aplicadas pelo sistema financeiro.
Por outro lado, a NERC exige urgência na disponibilização dessas mesmas linhas de crédito para que o capital chegue às empresas ainda em abril, “sob pena de entrarem em colapso”.
“A maioria das empresas afetadas deixou de faturar, com quebras de mais de 80% desde os primeiros dias de março e terão as portas fechadas pelo menos até fins de abril”, lê-se no comunicado.
A associação defende ainda que deve ser exigido aos bancos a moratória dos empréstimos das empresas, “bem como a abolição das taxas fixas mensais que se paga dos TPA pelo menos durante estes meses de março, abril, maio e junho” e que o Governo arranje uma solução do apoio aos sócios-gerentes das microempresas de todos os setores.
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