Governo

Governo diz que ainda é cedo para tirar conclusões sobre efeito das medidas de combate à covid-19

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 01-04-2020

O secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, afirmou hoje que ainda é cedo para conclusões sobre os efeitos das medidas de combate à covid-19, apesar de se verificar um abrandamento na tendência de expansão do vírus.

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“É verdade que nos últimos dias se tem verificado essa tendência, mas é ainda cedo para tirar essa conclusão”, afirmou o governante durante a habitual conferência de imprensa, em Lisboa, quanto questionado sobre as medidas de restrição impostas pelo Governo à população.

Neste sentido, garantiu que a linha a seguir será “não abrandar, para já” as medidas em vigor, no âmbito do estado de emergência.

“Estas medidas foram bem tomadas, no tempo certo e, provavelmente, alguns desses números estão a dizer-nos exatamente isso”, disse o secretário de Estado, referindo-se aos dados nacionais do boletim diário divulgado pelas autoridades de saúde.

“Temos de estar sempre preparados para o pior”, assumiu.

Por seu lado, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, assegurou que está a ser feito “um esforço grande” no país para aumentar a capacidade relativamente aos ventiladores e camas ventiladas.

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O número de pacientes que se encontra nos cuidados intensivos está muito relacionado com a faixa etária, disse, indicando que as autoridades estão atentas aos números e que será posteriormente feito o estudo clínico dos casos, nomeadamente se há outras patologias e o tempo que medeia entre os sintomas e o internamento.

Questionada sobre a continuação de obras de construção, referiu que as entidades fiscalizadoras têm mecanismos para fazer as entidades empregadoras cumprir as regras que devem ser cumpridas para garantir a segurança dos trabalhadores.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 828.000 pessoas em todo o mundo, das quais mais de 41.000 morreram.

Dos casos de infeção, pelo menos 165.000 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 187 mortes, mais 27 do que na véspera (+16,9%), e 8.251 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 808 em relação a terça-feira (+10,9%).

Dos infetados, 726 estão internados, 230 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.

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