Crimes
Covid-19: Sociedade deve estar alerta para maus-tratos a crianças
A presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens alertou para necessidade de a sociedade estar em alerta para os maus-tratos, num momento em que a parentalidade é exercida fechada em casa.
“Serei o que me deres… que seja amor” é o lema da campanha da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens para o mês de abril, Mês da Prevenção dos Maus-Tratos na Infância, e convida a sociedade em geral para que, no dia 30 de abril, dê visibilidade à iniciativa colocando um laço azul à janela, num momento em que Portugal enfrenta a pandemia do novo coronavírus.
“Num período em que estamos a exercer uma parentalidade fechada em casa, é ainda mais importante chamar à atenção para as marcas que os maus-tratos deixam na vida das crianças e jovens, a curto, médio e longo prazo”, refere Rosário Farmhouse na sua mensagem.
A presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens defende que é importante estabelecer mecanismos alternativos para garantir que o seu bem-estar seja sempre acompanhado e verificado, mesmo perante todas as restrições que Portugal está a viver.
“É o desafio que todos temos em mãos”, refere, apelando a toda a sociedade para que não fique indiferente ao que se passa a seu lado.
A pandemia de covid-19, defende, é uma prova de fogo à capacidade de estar atento, aceitar, resistir, dar, amar, princípios fundamentais de uma sociedade cuidadora, que deve começar em cada uma das famílias.
“Para aquelas que são mais frágeis e que, por vezes, não têm condições para cuidar de forma saudável das suas crianças, o Sistema de Promoção e Proteção português, está particularmente empenhado e atento a quaisquer situações de perigo que possam surgir”, garante.
Para Rosário Farmhouse é agora ainda mais importante continuar a alertar para a importância da prevenção dos maus-tratos na infância.
O Mês Internacional da Prevenção dos Maus-Tratos na Infância surgiu depois de uma norte-americana (Bonnie Finney) ter amarrado uma fita azul na antena do carro, em homenagem ao seu neto, vítima mortal de maus-tratos.
Com esse gesto, quis “fazer com que as pessoas se questionassem” sobre a gravidade destas situações.
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