Coimbra
Covid-19: PSP suspende férias e pode chamar polícias pré-reformados
Os polícias na situação de pré-aposentação podem ser chamados a prestar serviço em caso de necessidade, estando as férias dos agentes suspensas nesta fase de surto do novo coronavirus, determinou hoje o diretor da PSP.
No despacho, a que a agência Lusa teve acesso, o superintendente Magina da Silva deliberou que sejam suspensas, com efeito imediato, “as férias de todo o pessoal que ainda não as tenha iniciado, salvo as que forem casuística e excecionalmente autorizadas” pelo diretor de recursos humanos da PSP.
Nesta fase de estado de alerta, devido à pandemia do novo coronavírus, foi também decidido que “os polícias na situação de pré-aposentação sejam contactados pelas unidades de polícia/estabelecimentos de ensino de onde transitaram para essa situação, informando-os da possibilidade de serem mobilizados para a prestação de serviço efetivo, de forma a permitir libertar polícias para a atividade operacional”, lê-se no despacho.
Na diretiva é, contudo, referido que, apesar das férias estarem suspensas, pode haver lugar a uma autorização excecional para os polícias que já tenham “efetuado comprovadamente despesas”, devendo o assunto ser tratado com o superior hierárquico.
Na PSP a organização dos serviços de apoio à atividade operacional está dividida em dois grupos, incluindo a estrutura de comando/direção e os serviços, com prestação de serviço no local de trabalho em dias alternados, das 09:00 às 19:00.
No despacho, Magina da Silva determina também que todo o pessoal deve cumprir as 36 ou 35 horas semanais “através da prestação de serviço em reforço operacional ou em suporte à atividade operacional, em condições a definir pelos comandantes e diretores”, mantendo-se inalterado o regime de turnos, exceto na Unidade Especial de Polícia, que adotará, para as suas subunidades operacionais, um regime próprio.
No seu boletim diário, a DGS elevou hoje o número de casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus para 448, mais 117 do que na segunda-feira, dia em que se registou a primeira morte em Portugal.
Dos casos confirmados, 242 estão a recuperar em casa e 206 estão internados, 17 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI). Das pessoas infetadas em Portugal, três recuperaram.
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