Empreendedorismo
Quer apanhar uma Toira com Leitão?
O leitão assado à Bairrada, que tradicionalmente é acompanhado com vinho ou espumante, vai passar a poder ser acompanhado com cerveja “apropriada”, de produção local, concebida por um jovem para aquele prato gastronómico.
Trata-se da cerveja artesanal “Bairrada” que Pedro Figueiredo, finalista de licenciatura em Turismo em Coimbra, vai lançar sábado, dia 15, em Aguim, Anadia, com a marca “TOIRA”, no restaurante “Nova Casa Dos Leitões” e que tem como características, além do reduzido grau alcoólico, a rondar os cinco graus e meio, um paladar a citrinos, a lembrar a laranja que normalmente acompanha o leitão.
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“A intenção não é substituir o espumante ou o vinho no acompanhamento do leitão assado. Trata-se de uma cerveja aqui produzida que pretende ser um complemento, para aqueles que são apreciadores de cerveja”, explicou à Lusa Pedro Figueiredo.
O jovem cervejeiro, que espera até ao final do ano abrir uma micro cervejaria, se tiver sucesso, produz ainda mais duas cervejas artesanais: a “Ouro” e a Rubi”.
A “Ouro” é uma cerveja forte, tipo belga, com quase oito graus, enquanto a “Rubi” é uma cerveja vermelha com cerca de sete graus.
As três cervejas que produz têm o preço como elemento diferenciador no mercado de cervejas artesanais, com um “preço de lançamento” de cada garrafa de 0,33 a um euro e meio e nas garrafas de 0,50 a 2,25 euros.
“A TOIRA é a prova de que uma cerveja artesanal de qualidade não tem de ter um preço gourmet”, diz.
A marca nasce como um projeto pessoal e, aos 24 anos, perante as escassas perspetivas de emprego, Pedro Figueiredo encara a possibilidade de vir a fazer dela o seu modo de vida, após concluir os estudos, se o mercado o permitir: “se correr como planeei conto vir a dedicar-me a isto. Depende das pessoas gostarem da cerveja”.
Foi o facto da cerveja que faz em casa agradar aos amigos que o levou a pensar em dedicar-se mais a sério à produção de cervejas.
“No início do ano passado comprei um “kit” básico e comecei a produzir em pequena quantidade e depois passei a produzir de forma mais completa, a partir do grão. Comecei a dar a provar a amigos e conhecidos e toda a gente gostava, pelo que em outubro, surgiu a ideia de criar o negócio e avançar com o projeto”, relata.
Investido o dinheiro das suas economias e feita a inspeção pelas autoridades competentes, Pedro Figueiredo vai agora tentar conquistar mercado, procurando colocar as suas cervejas em restaurantes e bares, sobretudo da Bairrada, mas a pensar já noutros horizontes: “já tenho contactos em Lisboa e no Porto, de restaurantes que se mostraram interessados e espero vir a ter um ou dois representantes em cada cidade”.
O lançamento da primeira cerveja artesanal produzida na Bairrada vai ser feito através de uma degustação por cerca de 300 “provadores”, acompanhada por iguarias e petiscos regionais.
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