Coimbra
Câmara da Lousã contra a instalação de semáforos na Estrada da Beira
O presidente da Câmara da Lousã, Luís Antunes, manifestou hoje “total oposição” à instalação de semáforos na Estrada da Beira, junto à interceção com a futura ponte do Cabouco, em fase de conclusão.
A travessia sobre o Rio Ceira vai ligar a estrada municipal Semide/Canas, concelho de Miranda do Corvo, à Estrada da Beira, a montante da povoação do Cabouco, na zona de Foz do Mosteiro, sendo uma contrapartida do consórcio Ascendi, responsável pela subconcessão do Pinhal Interior Norte, que engloba a A13. Esta via liga Tomar a Coimbra.
“A colocação de semáforos numa zona de fraca visibilidade para os utilizadores irá colocar em causa a segurança dos utentes desta via. Trata-se de uma zona de curvas, onde a reduzida visibilidade não permitirá verificar a existência de viaturas paradas na via, sendo assim potenciador da ocorrência de acidentes”, disse Luís Antunes, citado num comunicado da autarquia lousanense.
O autarca não aceita a solução técnica apresentada pela Estradas de Portugal por entender que a medida “irá significar um condicionamento significativo à circulação e consequentemente uma penalização acrescida dos utilizadores da via”.
“A regulação de trânsito da inserção da Ponte do Cabouco através de semáforos irá fazer com que as referidas filas se comecem a formar logo neste local, sendo importante referir que a suspensão do transporte ferroviário fez aumentar o volume de tráfego e que os próprios transportes alternativos criados para substituir o referido transporte circulam pela Estrada da Beira”, prevê Luís Antunes.
Segundo o presidente do município da Lousã, as características e o volume de tráfego que a Estrada da Beira regista impõe que seja construída uma alternativa “e não que sejam propostos condicionamentos adicionais à circulação”.
Luís Antunes lembrou ainda que, atualmente, já são notórios os condicionamentos de circulação, com a formação de filas à entrada (manhã) e saída (tarde) de Coimbra, sendo os utilizadores “já penalizados pelas fracas condições que a via oferece, a que acrescem os transtornos causados pela realização das obras na Ponte da Portela e nó da A13 em Ceira/Lagoas”.
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