Coimbra

Media + ou – problemáticos?

Notícias de Coimbra | 11 anos atrás em 12-02-2014

O projeto Media+Igual, de Coimbra, sinalizou, ao longo de cinco meses, 456 artigos na imprensa relacionados com a igualdade de género e a maioria são “problemáticos”, havendo “uma presença significativa” de discriminação nos media.

O projeto, que começou em setembro de 2013 e que termina em junho, analisou artigos de nove títulos da imprensa regional e nacional, tendo observado que o “tema das mulheres e as questões ligadas às mulheres não estão na agenda mediática” e, quando aparecem, “são tratadas de forma sensacionalista”, referiu Carla Duarte, do Centro de Iniciativas Empresariais e Sociais, entidade que promove a iniciativa.

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Segundo a responsável, aquando da análise dos artigos, foi observada a “reprodução de estereótipos e preconceitos que acabam por afirmar ainda mais a assimetria entre homens e mulheres”.

As mulheres com deficiências, que pertencem à comunidade homossexual ou a minorias étnicas, ainda estão “menos visíveis”, tendo “a dimensão masculina” uma maior presença nos órgãos de comunicação nacional, afirmou à agência Lusa Carla Duarte.

“Os media deveriam estar mais conscientes, de forma a se diminuírem as assimetrias”, defendeu a responsável, considerando que a própria formação dos jornalistas “deveria integrar esta dimensão de género, para haver uma comunicação social mais inclusiva”.

Dos 456 artigos problemáticas assinalados, o grupo, constituído por diversas associações, debateu 130 artigos, em reuniões abertas ao público, em que Carla Duarte gostava de contar com a presença “de profissionais da comunicação social”.

Todos os meses é editado um boletim com as notícias analisadas e que o grupo considera “mais problemáticas ou que se destacam pela positiva”, explicou.

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Os nove títulos de imprensa analisados foram os jornais As Beiras, Diário de Coimbra, Correio da Manhã, Diário de Notícias, Público e as revistas Maria, Caras, Happy Woman e Men’s Health, de forma a abranger “diferentes critérios” e a encontrar “uma maior diversidade”.

A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, a Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental, o movimento Graal, a SOS Racismo, a associação Não Te Prives e a União de Mulheres Alternativa e Resposta são as instituições que integram a Unidade Local de Análise de Imprensa.

A próxima reunião aberta será realizada na quinta-feira, às 14:00, na Casa do Chá, no Jardim da Sereia.

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