Saúde
Governo português alerta viajantes para vírus que já matou nove pessoas na China
O Governo alertou hoje os portugueses que viagem para a China e zonas próximas que se informem sobre a evolução de um novo vírus detetado naquele país e recomendou a turistas e residentes que se registem ou inscrevam no consulado.
“Aos viajantes, em especial aos que se desloquem à China e regiões limítrofes, recomenda-se que estejam devidamente informados sobre a evolução da situação e permaneçam atentos aos comunicados publicados nos portais da Direção-Geral da Saúde, do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças e da Organização Mundial da Saúde”, avisa o Ministério dos Negócios Estrangeiros através do portal das comunidades portuguesas.
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O Governo aconselha ainda os viajantes “a efetuar o registo das suas viagens na aplicação Registo Viajante” e os residentes a tratar da “sua inscrição consular ou respetiva atualização”.
A informação no portal indica que as autoridades de saúde chinesas e a Organização Mundial da Saúde confirmaram a existência de um surto de pneumonia, causada por um novo coronavírus.
O surto, adianta, “teve origem em dezembro de 2019 em Wuhan, na província de Hubei”, estando confirmados “centenas de casos em diferentes regiões da China (Wuhan, Guangdong, Pequim, Xangai) e situações importadas na Tailândia, no Japão e na Coreia do Sul”.
As autoridades de Macau também anunciaram hoje que foi identificado no território o primeiro caso do vírus, enquanto Hong Kong avançou ter detetado um caso suspeito, mas cuja confirmação só será definitiva na quinta-feira.
Embora o portal inclua avisos para outras doenças da região asiática, a secretaria de Estado das Comunidades lembra que, em geral, “as condições sanitárias fora das grandes cidades e outras zonas mais desenvolvidas são por vezes rudimentares”.
Por isso, os portugueses são aconselhados a não consumir refeições de rua e a não beber água da torneira.
O ministério lembra que a representação diplomática de Portugal na China é assegurada pela embaixada de Portugal em Pequim e avança que, em caso de urgência, deve ser contactado o número +86 186 1208 7488.
O vírus foi inicialmente detetado, no mês passado, em Wuhan, cidade do centro da China, um importante centro de transporte doméstico e internacional.
O número de casos aumentou rapidamente, estando contabilizados atualmente 440 casos confirmados, segundo o vice-diretor da Comissão Nacional de Saúde da China.
Nove pessoas morreram, todas na província de Hubei, cuja capital é Wuhan.
Fora da China, foram confirmados casos do novo coronavírus na Coreia do Sul, Estados Unidos, Japão, Tailândia, Taiwan e hoje em Macau.
Os casos alimentam receios sobre uma potencial epidemia, semelhante à da pneumonia atípica, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), que entre 2002 e 2003 matou 650 pessoas na China continental e em Hong Kong.
O surto surge numa altura em que milhões de chineses viajam, por ocasião do Ano Novo Lunar, a principal festa das famílias chinesas, equivalente ao natal nos países ocidentais. Segundo o Ministério dos Transportes chinês, o país deve registar um total de três mil milhões de viagens internas durante os próximos 40 dias.
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