A Entidade Reguladora da Comunicação (ERC) quer ver o direito de resposta consagrado nos boletins municipais e obstar a problemas como o excesso de imagem e autopromoção, disse hoje o seu presidente.
O presidente da ERC, Carlos Magno, disse aos jornalistas – no final de uma reunião com a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), em Coimbra – que aquela entidade reguladora pretende rever uma diretiva de 2008 sobre os boletins municipais, que assegure o direito de resposta e possa levar a que a comunicação das autarquias seja repensada.
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“Aproveitamos o facto de haver um novo conjunto de autarcas nesta altura e para evitar, no futuro, problemas que houve no passado com excesso de imagem de presidentes, excesso de autopromoções e excesso de trabalho em causa própria (..) pensar se, no futuro, não devemos repensar toda a comunicação municipal”, afirmou Carlos Magno.
“A ideia é evitar que os boletins municipais sejam, fundamentalmente, órgãos de promoção dos respetivos presidentes e, ao mesmo tempo, locais onde muitas vezes a oposição não tem direito de resposta nem sequer direito de participação”, argumentou o presidente da ERC.
No entanto, de acordo com Carlos Magno, o problema reside no facto de os próprios boletins municipais estarem já “relativamente ultrapassados” pela comunicação digital, seja através de televisões online, blogues e presença das autarquias nas redes sociais.
Em declarações aos jornalistas, Manuel Machado, presidente da ANMP, considerou que as preocupações enunciadas pela ERC são “partilhadas” pela associação e que esta entidade vai divulgar um conjunto de recomendações “visando as boas práticas, num sentido positivo e construtivo”, alegou.
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