Mais de metade da eletricidade consumida na Região Centro tem origem em fontes de energias renováveis, revelou hoje a primeira edição de um barómetro da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDRC).
Numa região que tem “14,6% da população abaixo do limiar de pobreza”, 54% da energia elétrica consumida é proveniente de fontes renováveis, segundo o Barómetro do Centro de Portugal.
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Este novo instrumento de monitorização “tem como objetivo avaliar o progresso alcançado em termos de crescimento, competitividade, potencial humano, qualidade de vida, coesão e sustentabilidade ambiental e energética”, na Região Centro.
“Os valores agora obtidos evidenciam bem as principais forças e debilidades da região, permitindo assim ganhar eficácia na identificação de prioridades a assumir e trajetórias de progresso a percorrer”, afirma o presidente da CCDRC.
Pedro Saraiva salienta que o barómetro constitui “um poderoso instrumento de apoio ao desenvolvimento” do Centro, com especial importância “no momento em que se aponta para o caminho a trilhar até 2020”, com a aplicação dos fundos comunitários.
“O barómetro mostra que a Região Centro tem um desempenho bastante positivo em áreas como a educação, o mercado de trabalho, a capacidade exportadora ou a investigação e desenvolvimento”, destaca a Comissão de Coordenação em comunicado.
Com cerca de 300 doutoramentos por ano, a Região Centro “possui a mais baixa taxa de abandono escolar precoce e os melhores resultados” nos exames nacionais.
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Além de evidenciar “a menor taxa de desemprego do país”, apresenta “um posicionamento muito favorável no que respeita às suas exportações” e encontra-se ainda entre as 100 regiões mais inovadoras da União Europeia.
No entanto, o Centro apresenta “ainda debilidades ao nível da produtividade, da capacidade de gerar riqueza e da demografia”.
Assim, é “a pior região” de Portugal quanto ao indicador produtividade do trabalho e “a segunda pior” no Produto Interno Bruto (PIB) por habitante, no crescimento do PIB ou na variação da população.
O barómetro, que pode ser consultado em www.ccdrc.pt, abrange 25 indicadores-chave “que identificam tendências e lacunas de progresso, permitindo desenvolver eventuais ações corretivas e preventivas”.
O acompanhamento “da evolução da região numa perspetiva global do sucesso regional” é outro dos objetivos, sendo calculado um indicador global de avaliação “que permite uma leitura sintética e imediata” do comportamento da Região Centro relativamente às restantes regiões do país.
Os resultados para o indicador global e para as dimensões de análise são atualizados semestralmente.
Tendo 22,8% da população jovem com formação superior, a região regista a mais baixa taxa de abandono escolar precoce (18,7%) e a mais elevada taxa de emprego (69,7%) do país.
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