Políticos
Jerónimo nega que seja “o melhor dos orçamentos” e “logo se verá” voto fina
O secretário-geral do PCP recusou hoje que a proposta orçamental para 2020 seja “o melhor dos orçamentos”, dizendo que “logo se verá” o sentido de voto final, apontando falta de verbas em concreto na área dos transportes.
Numa sessão pública sobre transportes, na Cruz de Pau (na Amora, concelho do Seixal, distrito de Setúbal), Jerónimo de Sousa registou que, nos últimos dias, o Governo demonstrou abertura a algumas propostas do PCP, como a do aumento extraordinário das pensões, mas ainda sem dizer qual o mês em que esta será concretizada.
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“Mas o que se anunciou está ainda muito longe das opções e medidas que se impõem para responder aos problemas com que o país está confrontado (…). Ao contrário do propagandeado repetidamente pelo Governo, este não é o melhor dos orçamentos”, criticou.
O secretário-geral do PCP – partido que se absteve na votação do Orçamento na generalidade – voltou a avisar que o sentido de voto do partido na votação final global “resultará do que se avançar de concreto na fase da especialidade e do quadro político mais geral”.
“Logo se verá, mas a nossa decisão será sempre em função do Orçamento do Estado, dos seus conteúdos concretos, e isso determinará o nosso posicionamento de voto”, afirmou.
O líder comunista deixou ainda um pedido a todos os militantes para que nunca esqueçam “uma lição de vida”: “Dificuldade nunca para nós resultou em impossibilidade, cá estaremos na primeira linha do combate”, assegurou.
Em concreto na área dos transportes, o secretário-geral do PCP considerou que o diploma atualmente em discussão na Assembleia da República “não corresponde ao avanço no sistema de transportes públicos que é necessário e possível”, dizendo que o Oorçamento do Estado reduz as verbas previstas para o Programa de Apoio à Redução do Tarifário dos Transportes Públicos (PART).
“E reduz propagandeando o oposto: um aumento das verbas. É que em 2019 o PART só funcionou durante nove meses, pelo que a sua anualização implicaria um aumento de verbas de 33%, que não acontece. Faltam 9 mihões de euros só para essa anualização, valor que o Governo quer empurrar para cima das autarquias”, acusou.
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