Crimes
Prisão preventiva para suspeitos da morte de jovem no Campo Grande
Os três suspeitos da morte de um jovem no Campo Grande, em Lisboa, ficaram hoje em prisão preventiva, depois de terem sido presentes a primeiro interrogatório judicial perante um juiz de instrução criminal, disse à agência Lusa fonte judicial.
De acordo com a mesma fonte, a medida de coação mais gravosa foi aplicada pelo Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Lisboa, onde os arguidos foram ouvidos durante a tarde de hoje.
Os três suspeitos foram formalmente detidos na segunda-feira e indiciados pela prática do crime de homicídio.
Em comunicado emitido nesse dia, a Polícia Judiciária (PJ) tinha anunciado que “localizou, identificou e deteve três homens, de 16, 17 e 20 anos de idade, fortemente indiciados pela prática, em coautoria, de crimes de homicídio qualificado e de roubo”.
O jovem, de 24 anos, foi assassinado no dia 28 de dezembro e era filho de um antigo inspetor-chefe da PJ. Foi morto com arma branca pelo grupo de assaltantes quando regressava de um restaurante de ‘fast food’ junto à Faculdade de Ciências, no Campo Grande, admitindo-se que tenha oferecido resistência aos agressores, que o esfaquearam, provocando-lhe a morte no local.
Segundo a polícia, o jovem foi atingido “com dois golpes de uma arma branca de elevadas dimensões” e “veio a falecer no local”.
Os detidos são também suspeitos de um crime de roubo, cometido no mesmo dia, na mesma zona sobre um estudante que passava no local, lê-se no comunicado.
A PJ indicou ainda que apreendeu a arma usada no crime, bem como mais de 50 doses individuais de cocaína.
Em declarações aos jornalistas na segunda-feira, à margem da cerimónia de abertura do Ano Judicial, no Palácio da Ajuda, em Lisboa, o diretor nacional da PJ, Luís Neves, sublinhou que foram “recolhidos elementos de prova muito relevantes sobre o caso” e que “a resposta da Polícia Judiciária foi tão pronta e rápida quanto possível”.
“Preocupa-nos a prática de crimes violentos e, sobretudo, cometidos por gente bastante jovem”, disse Luís Neves.
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