Coimbra
BE questiona Governo sobre interrupção de trânsito na EN 110 em Penacova
O Bloco de Esquerda questionou o Governo sobre as razões por que ainda não foi resolvida a interrupção da EN 110, em Penacova, encerrada desde 15 de janeiro devido a duas derrocadas, anunciou hoje o partido.
Em comunicado, os bloquistas informam que a deputada Mariana Mortágua dirigiu uma pergunta ao ministério da Economia, questionando sobre as razões pela qual o problema não foi resolvido e para quando a resolução.
A EN 110, que liga Penacova a Coimbra, ao longo da margem direita do rio Mondego, está cortada ao trânsito há cerca de três semanas devido a duas derrocadas na zona de Foz do Caneiro, afetando, além desta localidade, as de Rebordosa e Chelo.
“Estamos convencidos que se trata de negligência, falta de planeamento, falta de organização interna, da empresa Estradas de Portugal, pois deveriam ter programado os trabalhos de remoção das pedras, de forma que as duas faixas de rodagem não fossem encerradas simultaneamente, por um período de tempo tão longo, em total desprezo pelas populações mais próximas e outras pessoas que a utilizam diariamente”, lê-se no comunicado.
A Estradas de Portugal anunciou na quinta-feira que vai iniciar na segunda-feira os trabalhos com vista à reabertura ao trânsito da EN 110, explicando que teve “de proceder ao lançamento de um procedimento, com vista à contratação da respetiva obra com caráter de urgência, pois está sujeita às regras da contratação pública, com custo previsto de 230 mil euros”.
“A EP promoveu de imediato a análise ao acidente, as necessárias inspeções do terreno e o respetivo levantamento topográfico e concluiu que o maciço rochoso onde se integra este talude se encontrava bastante fraturado, com inclinações muito acentuadas, que não recomendavam a reabertura ao tráfego”, refere um comunicado daquele instituto.
O organismo público salientou ainda que “foi necessário desenvolver um projeto de estabilização do talude de escavação numa altura de intervenção de 25 metros, que ficou concluído no prazo de duas semanas após o acidente”.
A obstrução da estrada tem obrigado a população a um percurso alternativo para Coimbra de mais 60 quilómetros diários, “por estrada de montanha, não adequada”, segundo a vereadora da Câmara de Penacova Fernanda Veiga.
Entretanto, a Comissão de Utentes da EN 110 reafirmou hoje que não desconvoca o protesto marcado para o domingo, às 15:00 horas, em Penacova, e reforçou o apelo à mobilização e à importância da reabertura da via.
“Estamos fartos de promessas não cumpridas e mais recentemente dos silêncios da Estrada de Portugal que deixou de responder a qualquer reclamação ou pedido de informação por parte dos utentes”, refere um comunicado difundido hoje.
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