Coimbra
Ministro diz em Coimbra que Governo tem 80 milhões para evitar cheias
Ministro diz em Coimbra que Governo tem 80 milhões para evitar cheias
O Governo tem investimentos em curso de 80 milhões de euros em cerca de 30 projetos a nível nacional de combate às cheias, disse hoje, em Coimbra, o ministro do Ambiente e da Ação Climática.
Segundo João Matos Fernandes, que presidiu à cerimónia de assinatura do contrato do projeto “Gestão da Bacia Hidrográfica do Rio Ceira face às Alterações Climáticas”, as maiores intervenções decorrem em Coimbra, com quase 50 milhões de euros de investimento.
“Com este investimento, em conjunto com duas grandes obras no Mondego [desassoreamento do leito e recuperação de margem em Coimbra], depois com o leito periférico também no Mondego a jusante de Coimbra e no rio Arunca, estamos a falar de quase 50 milhões de euros investidos na recuperação da rede hidrográfica em torno de Coimbra e centrada no Mondego e nos seus efluentes”, adiantou o governante.
Aos 80 milhões de investimentos em curso no país “acrescem mais quase 20 milhões de euros em intervenções exclusivamente com soluções naturais em 1.000 quilómetros da rede hidrográfica, que correspondem aos 64 municípios que em 2017 e 2018 foram percorridos por grandes incêndios”.
Matos Fernandes considera o projeto “Gestão da Bacia Hidrográfica do Rio Ceira face às Alterações Climáticas” um grande desafio – no limite, “é a regularização do rio, que muitos julgam que não é possível regularizar”.
O governante salientou que vão ser utilizadas apenas soluções naturais e que o Ceira vai continuar livre de obstáculos como até agora.
“Mas temos de perceber que a intervenção tem uma componente de proteção de Coimbra, porque sendo um rio sem qualquer regularização pode provocar cheias em Coimbra”, referiu.
Salientando que vão ser recuperados todos os ecossistemas ribeirinhos, o ministro do Ambiente e da Ação Climática destacou as intervenções que vão decorrer “em dezenas de quilómetros” de quatro municípios: Pampilhosa da Serra, Arganil, Góis e Lousã.
“Vamos ter mesmo um rio Ceira sem um grama de betão, apenas com métodos e materiais naturais, nos quais vamos poder ter muito mais vida no ecossistema natural e muito mais vida também na relação desse ecossistema com as margens, porque este é um rio que as populações sempre usaram e viveram, e, por isso, a componente social e sociológica desta intervenção é da maior importância”, sublinhou.
O projeto “Gestão da Bacia Hidrográfica do Rio Ceira face às Alterações Climáticas”, apoiado pelo EEA Grants 2014-2021, mecanismo financeiro do Espaço Económico Europeu, tem um orçamento de 2,6 milhões de euros e um prazo de execução de 36 meses.
Baseado numa abordagem ambiental, visa consciencializar as populações locais para a mitigação e adaptação das suas atividades às alterações climáticas neste território.
O projeto é coordenado pela Região Hidrográfica do Centro da Agência Portuguesa do Ambiente, tendo como parceiros a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, os municípios de Arganil, Góis, Lousã e Pampilhosa da Serra e a Direção Norueguesa para a Proteção Civil
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