Partidos

Rio, Montenegro e Luz querem vencer à primeira

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 10-12-2019

Os diretores de campanha dos três candidatos à liderança do PSD assumem à Lusa que o objetivo é a vitória nas diretas, se possível já na primeira volta, em 11 de janeiro.

A um mês das eleições diretas, os responsáveis pelas campanhas de Rui Rio, Luís Montenegro e Miguel Pinto Luz apostam numa intensificação do ritmo da disputa interna, que passará por todos os distritos.

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Em declarações à Lusa, Salvador Malheiro, vice-presidente do PSD e diretor de campanha do atual presidente, assume que a expectativa é uma vitória à primeira volta, mas sem euforias.

“Estamos a trabalhar como se estivesse zero a zero, apesar de sentirmos que há uma grande aceitação da militância de base na candidatura de Rui Rio”, afirmou.

Dizendo aguardar com expectativa as datas de 13 de dezembro – prazo limite para os militantes atualizarem os seus dados junto do partido – e de 22 – quando fecham os cadernos eleitorais -, o também presidente da Câmara de Ovar considera que as novas regras de pagamento de quotas “têm tido uma grande aceitação dentro do partido”.

“O grande objetivo da candidatura do dr. Rui Rio é, com estas condições, tentar aumentar ao máximo o universo eleitoral para o dia das eleições, ou seja, temos a perceção que temos vantagem quanto mais pessoas estiverem em condições de votar”, defendeu.

Quando ao modelo de campanha, esta continuará com reuniões “quase intimistas” com os militantes por todo o país e é assumido que Rio “vai continuar a aproveitar o palco nacional” que tem por ser presidente e líder parlamentar do partido e, na reta final, fazer “uma aposta maior naqueles que são os distritos mais decisivos”, como Porto, Lisboa, Braga e Aveiro.

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Também a campanha do antigo líder parlamentar Luís Montenegro promete ir a todos os distritos, e continuar com um modelo de sessões com militantes onde estes têm a oportunidade de fazer perguntas ao candidato.

“A agenda começou a intensificar-se de acordo com a disponibilidade das estruturas locais: Luís Montenegro sempre disse que iria onde houvesse militantes e onde fosse chamado”, afirmou o deputado e seu diretor de campanha, Pedro Alves.

Considerando que será natural que o candidato vá mais vezes aos concelhos “onde existem mais militantes”, Pedro Alves defende que “é possível vencer à primeira volta”, falando de “um crescendo” em torno do apoio a Luís Montenegro.

“É possível vencer à primeira volta, queremos vencer à primeira volta”, afirmou, alertando, contudo, que o novo sistema de pagamento de quotas introduzido em simultâneo com o processo eleitoral significará “um universo eleitoral mais curto” e que torna mais difícil a vantagem de 50% para qualquer um dos três candidatos, necessária para evitar uma segunda volta em 18 de janeiro.

À Lusa, o diretor de campanha Miguel Pinto Luz, José Matos Rosa, concorda que o facto de haver menos eleitores faz com que os resultados sejam “menos adquiridos” à partida, mas assegura que o objetivo do vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais é “ganhar”.

“O que pretendemos é que as coisas se esclareçam de uma forma que não deixe dúvidas, se for à primeira ou à segunda volta, nós cá estaremos para ir à segunda volta se for necessário”, afirmou.

O antigo secretário-geral do PSD considera que os apoios que Pinto Luz tem recolhido no terreno “levam a crer num bom resultado, e um bom resultado é ganhar”: “Não é uma terceira via para cumprir calendário, é uma candidatura para ir até ao fim”, assegurou.

Quanto ao último mês de campanha, Matos Rosa promete igualmente a presença do candidato em todos os distritos e nas Regiões Autónomas, que está igualmente disponível para mais debates televisivos – ainda não estando acordada qualquer data entre as três candidaturas.

O prazo para a entrega de candidaturas à liderança do PSD só termina a 30 de dezembro – embora seja muito pouco provável que apareçam novos candidatos -, data limite também para a entrega das moções de estratégia global e dos orçamentos de campanha.

A menos de duas semanas do fecho dos cadernos eleitorais, estão em condições de votar perto de 26.000 militantes, muito longe do universo eleitoral de há dois anos, superior a 70 mil, e até dos votantes, que foram mais de 42 mil.

Apesar de o partido estar dividido em 23 estruturas (19 distritais, duas regionais e duas da emigração), são sobretudo seis que vão decidir quem será o futuro presidente do PSD, já que concentram mais de dois terços deste universo: Porto, Lisboa Área Metropolitana, Braga, Aveiro, Leiria e Coimbra.

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