Coimbra
PCP vai levar à Assembleia da República fecho da EN110 em Penacova
O PCP de Penacova anunciou hoje que vai fazer chegar à Assembleia da República o caso da derrocada que, desde 15 de janeiro, cortou ao trânsito a Estrada Nacional 110, que liga aquele concelho a Coimbra.
Os comunistas vão “exigir ao Governo que cumpra as suas obrigações na manutenção da estrada e na preservação da segurança dos utentes, aplicando bem o dinheiro que nos leva nos impostos”.
A EN 110, que liga Penacova a Coimbra, ao longo da margem direita do rio Mondego, está cortada ao trânsito há cerca de três semanas devido a duas derrocadas na zona de Foz do Caneiro, afetando, além desta localidade, as de Rebordosa e Chelo.
A obstrução da estrada obriga a população a um percurso alternativo para Coimbra de mais 60 quilómetros diários, “por estrada de montanha, não adequada”, segundo a vereadora da Câmara Fernanda Veiga.
“A Comissão Concelhia do PCP de Penacova não compreende como é que ao fim de três semanas a empresa Estradas de Portugal, S.A. continua a manter a EN 110 cortada ao trânsito, isolando as povoações ribeirinhas do concelho de Penacova que têm esta estrada como a sua única saída para Coimbra, onde quase todos trabalham ou estudam”, lê-se num comunicado divulgado na tarde de hoje.
Para a estrutura comunista, é “difícil perceber” que depois da reparação do muro e da libertação de metade da via, a Estradas de Portugal tenha voltado “a obstruir a estrada, puxando as pedras para o meio em vez de as arrumar e de abrir a via ao trânsito, embora condicionado a uma via naquele local, como era proposto pela população que ali se deslocou em manifestação no dia 25 de janeiro”.
O PCP de Penacova recordou ainda que a queda de pedras é uma constante naquela estrada, principalmente devido “à falta de vigilância e manutenção que a Estradas de Portugal devia fazer, em vez de agir só depois do mal acontecer”.
“Não desvalorizamos o perigo e por isso exigimos a reparação urgente do talude agora caído, assim como a eliminação de outros perigos, alguns já bem conhecidos, como é o caso de um talude dentro da povoação do Caneiro”, refere o comunicado.
No entanto, o documento propõe que “nos locais em que decorram trabalhos o trânsito se faça por uma via, protegida por separadores de cimento, como acontece há cerca de dois anos no sítio da Peneirada, entre a Rebordosa e o Caneiro”.
A concelhia do PCP manifestou ainda “solidariedade, participação e mobilização” na ação de protesto, a segunda, marcada para domingo, pelas 15:00 horas.
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