Tribunais
Jogadores do Sporting vão começar a ser ouvidos no julgamento da invasão à academia
O médio brasileiro Wendel será, na segunda-feira, o primeiro futebolista do Sporting a ser ouvido no julgamento da invasão à academia do clube, de acordo com a calendarização anunciada hoje pela juíza Sílvia Pires.
Wendel deverá ser ouvido no tribunal de Monsanto durante a tarde do dia 02 de dezembro, depois de Ricardo Gonçalves, chefe da segurança da academia, à data do ataque, levado a cabo em 15 de maio de 2018.
No mesmo dia, o coletivo de juízes ouvirá o antigo futebolista Manuel Fernandes, à data responsável do departamento de ‘scouting’ do clube, e que se encontrava na academia.
Na terça-feira, passarão pelo tribunal de Monsanto, onde decorre o julgamento dos 44 arguidos acusados pelo Ministério Público (MP), José Laranjeira, do ‘scouting’ do clube, e os futebolistas Jérémy Mathieu, Marcos Acuña e Rodrigo Battaglia.
Em 04 de dezembro, dia em que o Sporting joga no reduto do Gil Vicente para a Taça da Liga, foram agendadas as presenças de Luís Maximiano, Sebastián Coates, Stefan Ristovski e Bruno Fernandes.
Em 09 de dezembro, uma segunda-feira, o tribunal ouvirá Raul José e Miguel Quaresma, à data membros da equipa técnica liderada por Jorge Jesus, que trabalham no clube.
Durante a manhã de hoje, foram ouvidos dois militares da GNR do núcleo de investigação de Almada, que participaram em buscas domiciliárias às residências de dois arguidos.
Segundo a acusação do MP, em 15 de maio de 2018, a equipa de futebol do Sporting foi atacada na academia do clube, por elementos do grupo organizado de adeptos da claque Juventude Leonina e do subgrupo Casuais (Casuals), que agrediram técnicos, jogadores e ‘staff’.
Bruno de Carvalho, à data presidente do clube, Mustafá, líder da Juventude Leonina, e Bruno Jacinto, ex-oficial de ligação aos adeptos do Sporting, estão acusados, como autores morais, de 40 crimes de ameaça agravada, de 19 crimes de ofensa à integridade física qualificada e de 38 crimes de sequestro, todos estes (97 crimes) classificados como terrorismo.
Os três arguidos respondem ainda por um crime de detenção de arma proibida agravado e Mustafá também por um crime de tráfico de estupefacientes.
Aos arguidos que participaram diretamente no ataque à academia, o MP imputa-lhes a coautoria de 40 crimes de ameaça agravada, de 19 crimes de ofensa à integridade física qualificada e de 38 crimes de sequestro, todos estes (97 crimes) classificados como terrorismo.
Estes 41 arguidos vão responder ainda por dois crimes de dano com violência, por um crime de detenção de arma proibida agravado e por um crime de introdução em lugar vedado ao público.
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