Educação
Novo movimento de professores exige extinção da prova de avaliação
Professores de todo o país decidiram hoje, em Coimbra, manter “a luta pela extinção” da prova de avaliação de conhecimentos e capacidades (PACC), exigindo ainda “a devolução da democracia” às escolas.
Cerca de 70 docentes participaram, durante a tarde, no 1.º Encontro Nacional de Professores “Boicote & Cerco”, no qual discutiram a criação de “um novo movimento docente”, entre outros assuntos com interesse para estes profissionais.
Os presentes adiaram a constituição do movimento, mas decidiram prosseguir de forma organizada um conjunto de atividades e reivindicações, mantendo para já a designação provisória “Boicote & Cerco”, disse à agência Lusa um dos promotores da iniciativa.
“Ainda que não institucionalizado o movimento, aprovámos hoje, por maioria, os princípios orientadores da nossa ação”, declarou Francisco Rodrigues, porta-voz da organização.
A extinção da PACC, a vinculação dos professores e a “discussão ampla da organização curricular” foram alguns dos princípios de atuação aprovados no encontro, realizado no auditório do Instituto Português da Juventude, em Coimbra.
O movimento pretende lutar também pela “devolução da democracia às escolas”, defendendo o anterior modelo de gestão, com a direção dos estabelecimentos de ensino, confiada a um conselho executivo eleito.
“O atual diretor das escolas é mais um funcionário do Governo”, criticou Francisco Rodrigues.
Nos próximos meses, estes professores vão “desafiar as forças sindicais e sociais a envolverem-se na luta por uma escola pública de qualidade”, adiantou.
A formalização do movimento “Boicote & Cerco”, eventualmente com outra denominação, foi adiada para um novo encontro nacional a realizar no final do ano letivo.
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