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AAC: Samuel Vilela confirma o que já se sabia

Notícias de Coimbra | 11 anos atrás em 23-01-2014

Samuel Vilela, candidato que venceu a primeira e perdeu a segunda volta das eleições para a Direcção Geral da Associação Académica de Coimbra, pronuncia-se, finalmente, sobre o  processo que Notícias de Coimbra revelou em primeira mão

mas não acrescenta rigorosamente ao que já tinha sido revelado.

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Recordamos que acabamos de divulgar que a AAC já foi notificada. Ricardo Morgado, presidente da Direcção Geral e Rui Brandão, líder da Comissão Eleitoral, estão incontactáveis.

Eis o teor do comunicado da Lista A:

Na passada segunda-feira, 20, a Lista A + Academia – Descobre Coimbra, candidata aos Corpos Gerentes da Associação Académica de Coimbra (AAC) requereu ao Tribunal Cível de Coimbra um procedimento cautelar para impedir a continuidade do processo eleitoral, que culminaria com o empossar dos novos órgãos da Academia, agendado para o próximo dia 30.

Samuel Vilela, que encabeçou a lista então derrotada na 2ª volta depois de ter vencido na 1ª por 298 votos de vantagem, agora representado pelo escritório de advogados JPALMS, já se tinha mostrado inconformado com o desfecho dado pela Comissão Eleitoral ao pedido de impugnação apresentado pela sua lista “Os Estatutos da AAC obrigavam-nos a recorrer para a Comissão Eleitoral, mas como a nossa queixa era contra a Comissão Eleitoral nunca tivemos a expectativa que a decisão nos pudesse ser favorável. Aliás, a Comissão de Inquérito que analisou a nossa queixa foi presidida pelo presidente da Comissão Eleitoral”.

No centro da polémica permanecem várias irregularidades no processo eleitoral, com especial destaque para a discrepância do resultado obtido da 1ª para a 2ª volta do sufrágio na urna onde votam os primeiros três anos e as pós-graduações do curso de medicina. Recorde-se que a Lista encabeçada por Samuel Vilela perdeu a urna em causa na 2ª volta por 237 votos a mais que na 1ª, quando o número de votantes foi sensivelmente o mesmo. Esta urna, acompanhada da urna da Faculdade de Farmácia, foi transportada na manhã do segundo dia de votações da AAC para o Pólo III da UC na viatura pessoal de um delegado do Presidente da Comissão Eleitoral que não se fez acompanhar de delegados, quer da Lista A, quer da Lista T.

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O último ato eleitoral para os Corpos Gerentes da AAC ficou ainda marcado pelo desaparecimento de mais de uma centena de boletins de voto, 33 antes mesmo do início das votações, 141 posteriormente numa recontagem de boletins sobrantes. Samuel Vilela, perante todos os indícios apresentados, não tem dúvidas em afirmar que os resultados apurados não correspondem à verdade democrática “mais de 130 estudantes dos primeiros anos de medicina já declararam por escrito ter votado na nossa Lista, quando os resultados nos atribuem apenas 94 votos”.

O estudante de doutoramento da Faculdade de Economia refere ainda que “num momento em que a política se encontra desacreditada, inclusive aos olhos da nossa geração, não podemos resignar-nos e admitir que estas fraudes ocorram, ainda mais numa associação que nunca se mostrou indiferente aos mais importantes processos de mudança da nossa sociedade”.

Sobre as implicações, Samuel Vilela acrescenta que confia “no bom senso e responsabilidade dos atuais dirigentes para que se mantenham em funções assegurando a gestão da Academia até que seja proferida uma decisão final pelos tribunais” e reitera que “o processo não é de modo algum contra a AAC, é contra a Comissão Eleitoral e lamentamos que a AAC seja associada a algo tão grave”.

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