Economia
Pedro Coimbra acusa Governo de falta de diálogo na gestão dos fundos comunitários
O líder da Federação do PS de Coimbra acusou hoje o Governo de não estar a planificar e a articular com os municípios do distrito a aplicação dos fundos estruturais para o período 2014-2020.
Pedro Coimbra, que tem reunido com os autarcas do distrito, disse hoje à agência Lusa que os municípios se queixam da “falta de articulação, diálogo e abertura para as necessidades e prioridades para os próximos anos”.
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“Os fundos estruturais 2014-2020 são um balão de oxigénio fundamental na nossa economia e que têm obviamente de ser bem investidos e aplicados. Mas, no distrito de Coimbra, tenho algumas preocupações pelo facto de o Governo se mostrar totalmente autista na gestão e aplicação dos apoios comunitários”, sublinhou.
O dirigente socialista acusou o executivo de Passos Coelho de não promover o diálogo com as Câmaras do distrito e de se esconder atrás do “silêncio”, além de uma “total omissão de partilha de informação e de planificação”.
Como exemplo, o líder distrital do PS aponta o caso do projeto Metro Mondego, que tem enquadramento e necessita de financiamento comunitário para ser concluído, em que o Governo tem tido “pouca ou nenhuma responsabilidade”.
Para Pedro Coimbra, os municípios têm de ser “ouvidos como parceiros privilegiados na aplicação dos fundos do novo ciclo, de acordo com as suas prioridades e necessidades”.
“Os autarcas vão continuar à aguardar pelo diálogo do Governo, na expectativa de os fundos poderem vir a ser bem aplicados”, frisou ainda o presidente da Federação de Coimbra do PS, considerando, no entanto, que o executivo “está atrasado”.
A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) defendeu também, junto do Governo, a sua participação na gestão de “cada um dos programas operacionais regionais” do próximo quadro comunitário de apoio.
“O modelo de governação do próximo quadro comunitário deve contar com as autarquias”, disse à agência Lusa o presidente da ANMP, Manuel Machado, que se reuniu na segunda-feira com o ministro-Adjunto Poiares Maduro e com os secretários de Estado do Desenvolvimento Regional e da Administração Local.
Na terça-feira, a Câmara do Porto reclamou também a sua participação ativamente na conceção e negociação do próximo Quadro Comunitário de Apoio (QCA), aprovando uma moção em que manifesta também preocupação por “nada saber” sobre as suas prioridades.
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