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Espeleólogos portugueses retidos em gruta espanhola ainda não foram localizados 

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 21-10-2019

Os quatro espeleólogos portugueses retidos desde sábado nas grutas espanholas de Cueto-Coventosa ainda não foram localizados, embora as equipas de resgate tenham uma ideia do local onde se encontram, segundo um elemento da direção da Federação Portuguesa de Espeleologia (FPE).

Fernando Pires disse à agência Lusa que elementos da FPE estão em contacto permanente com responsáveis do Clube de Montanhismo Alto Relevo, a que pertencem os espeleólogos portugueses e que já se encontram na região.

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Através deste contacto soube que os portugueses – com quem ainda ninguém falou – ainda não foram localizados, embora exista uma ideia do local onde estão, tendo em conta os percursos definidos.

Segundo Fernando Pires, as equipas de resgate estão a tentar chegar ao local onde estava prevista a saída dos espeleólogos que foram surpreendidos pela subida das águas provenientes de uma chuva que não tinha sido prevista pelos serviços de meteorologia.

Este espeleólogo esclareceu que, para já, o risco não é muito, uma vez que a equipa está “bem preparada, com alimentação e roupa”. Outra vantagem é o facto de a gruta não inundar totalmente, existindo locais onde é possível escapar à subida das águas resultante da chuva.

A equipa de resgate, prosseguiu, está a tentar alcançar o sítio habitual de saída, passando por uma zona de lagos, que é a “mais complicada”.

Os espeleólogos entraram na gruta pelo cimo da montanha e atravessaram-na com o objetivo de ir sair na base da montanha, para onde se dirige a equipa de resgate.

Contudo, e se entretanto não saírem e o previsto aumento da precipitação se confirmar, poderão ter de optar por um “plano B”, o qual passará por sair pelo cimo da montanha, ou seja, por onde entraram.

Fernando Pires esclareceu que esse cenário é mais complicado, uma vez que os espeleólogos vão largando as cordas à medida que vão avançando, não tendo sozinhos forma de subirem a montanha de regresso.

A equipa portuguesa de espeleologia, que tinha programado a viagem à gruta para entre sexta-feira e hoje, é formada por sete elementos, três da equipa de apoio que ficou no exterior da gruta e quatro que estão retidos.

A operação de socorro integra a equipa da ESOCAN, além de técnicos da Direção Geral do Interior do governo da Cantábria, agentes da Guarda Civil e voluntários da Associação de Proteção Civil de Arredondo.

Contactada pela Lusa, fonte do gabinete do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas referiu que o Governo português está a acompanhar a situação através da embaixada em Madrid e das entidades às quais estão associados os cidadãos portugueses – Clube de Montanhismo Alto Relevo e Federação Portuguesa de Espeleologia.

Segundo a mesma fonte, o Ministério dos Negócios Estrangeiros disponibilizou o apoio necessário, através da Embaixada de Portugal em Madrid e do Consulado Honorário de Portugal em Bilbau.

Por seu lado, o embaixador de Portugal em Madrid afirmou que, “aparentemente”, os quatro portugueses “estão bem”, depois de falar com as autoridades de proteção civil da Cantábria que os estão a tentar resgatar.

“Estamos em contacto com as autoridades de proteção civil e aparentemente estão bem”, disse Francisco Ribeiro de Menezes à agência Lusa, acrescentando que “se for necessário” o cônsul de Portugal em Bilbau irá até ao local, o que ainda não está previsto.

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