Coimbra
Mais de 60% dos operacionais dos hospitais de Coimbra em greve
Mais de 60% dos assistentes operacionais de ação médica em funções no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) fizeram hoje greve, entre as 08:00 e as 11:00, afirmou fonte sindical.
A paralisação visa exigir, designadamente, o cumprimento da “legislação quanto à organização dos horários por turnos”, da “carga horária diária e semanal legalmente estabelecida” e do “direito às folgas e descanso complementar”, disse à agência Lusa Manuel Teixeira, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Centro (STFPSC).
Os trabalhadores também reivindicam a “implementação de jornadas de laboração contínua em todos os turnos” (manhã, tarde e noite), à semelhança do que sucede com outros profissionais de saúde, sublinhou o dirigente sindical.
O trabalho em turnos de jornada contínua, nos quais “só existe um intervalo de descanso não superior a 30 minutos e durante o qual o trabalhador deve permanecer no serviço para fazer face a imprevistos que ocorram”, é o que “melhor serve os serviços e acima de tudo os utentes do Hospital”, sustenta o Sindicato.
O fim do “banco de horas” a favor da entidade empregadora (“com saldo de horas negativas”), que prejudicam “o acesso ao pagamento de horas extraordinárias e a organização das suas vidas privadas”, é outras das exigências dos assistentes operacionais, que deverão voltar a cumprir idêntico período de greve na quarta-feira.
A possibilidade de os trabalhadores prolongarem a paralisação, entre as 08:00 e as 11:00, até sábado, será debatida na quarta-feira, durante um plenário, adiantou Manuel Teixeira.
De acordo com o dirigente do STFPSC, a greve de hoje, cuja adesão atingiu “entre os 65 e os 70%” dos “cerca de 400 operacionais que no turno da manhã” prestam serviço no CHUC “perturbou muito o funcionamento normal” da atividade da instituição.
Fonte do gabinete de comunicação do CHUC afirmou à Lusa que a greve “não afetou o funcionamento do centro hospitalar”.
“Os serviços estavam preparados” para contornar os efeitos da paralisação, disse a mesma fonte, que não dispunha de dados sobre os índices de adesão à greve.
Criado em 2011, o CHUC agrega os hospitais da Universidade de Coimbra e Geral (vulgarmente conhecido por Hospital dos Covões), as maternidades Daniel de Matos e Bissaya Barreto, o Hospital Pediátrico e o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra.
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