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Utentes da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra põem as orelhas à escuta da inspiração em exposição de escultura

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 14-10-2019

 São vinte esculturas, de outros tantos autores, que vão ficar patentes até ao dia 31 de outubro, na Sala O2 da Quinta da Conraria.

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São o resultado de um exercício em que os utentes daquele espaço do Centro de Atividades Ocupacionais da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC) deram ouvidos a diversas inspirações para criar uma coleção a que chamaram “Vais Ficar Sob Escuta na Sala O2”.

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Na inauguração, que teve lugar hoje (14 de outubro), os criadores das peças em exibição e António Valente, professor de Expressão Plástica na instituição, revelaram pela primeira vez este conjunto de esculturas em gesso, tiradas em molde de silicone, forradas com cola e guardanapos com várias texturas, com acabamento em verniz craquelê que lhes dá um efeito de cerâmica.

Os visitantes puderam ainda interagir com os autores e perceber um pouco da dinâmica do trabalho na área das artes que é feito naquela sala. Uma oportunidade que se manterá até ao final da exposição, dado que o seu horário (10H00-12H00, de segunda a sexta-feira) coincide de forma deliberada como o funcionamento regular daquele espaço. Será ainda possível neste período, comprar as esculturas em causa.

A Sala O2 é uma resposta para pessoas com significativas limitações da atividade e restrições na participação, mas empenhadas em trabalhar – com ou sem adaptações – e mostrar as suas atividades sociais, criativas ou lúdicas, numa perspetiva ordenada do saber fazer. Foi com este propósito, aliás, que foram já organizadas exposições dedicadas à linoleogravura, a diferentes tipos de pintura, à monotipia, à escultura, aos brinquedos de mola ou aos fantoches.

A exposição “Vais Ficar Sob Escuta na Sala O2” está integrada no projeto SOCRIN – SOCIALMENTE, CRIATIVO E INCLUSIVO, em que se trabalha a transformação das mentes dos utentes da Sala O2, se procura contribuir para a sua sociabilização e se lança um convite à sociedade para abraçar esta iniciativa e os seus objetivos.

Para a APCC, a apresentação pública de trabalhos artísticos ou produtos manufaturados é uma forma de apoiar e fomentar o processo inclusivo, em linha com a sua missão de promover a inclusão social de pessoas em situação de desvantagem, com especial incidência nos que têm deficiência ou incapacidade.

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