Desporto

7 centímetros!

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 27-09-2019

Nelson Évora ficou a sete centímetros do apuramento para a final do triplo salto dos Mundiais de atletismo de Doha, numa qualificação em que o melhor foi o outro português, Pedro Pablo Pichardo.

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Os dois saltadores portugueses fizeram concursos bem contrastantes, já que Pichardo até ‘deperdiçou’ 20 centímetros, iniciando o salto bem antes da tábua de chamada, para chegar aos 17,38 metros logo no primeiro ensaio.

Foi o único a apurar-se na primeira ronda, pegou na mochila e saiu do estádio, jé totalmente focado na final de domingo, enquanto Nelson Évora lutava até ao fim para chegar ao top-12 do concurso e ser repescado.

Ficou claro que os 17,10 de qualificação direta eram difíceis de conseguir e, além de Pichardo, apenas Hughes Fabrice Zango, do Burquina Faso, o conseguiu.

Nelson Évora abriu a sua qualificação a 16,26 metros, depois melhorou para 16,67, uma marca que ainda não chegava. Finalizou com 16,80, então com um 11.º lugar – ou seja, estava dependente de só ‘poder’ ser ultrapassado por um adversário até ao fim, mas foram quatro e acabou por cair para 15.º.

Para Évora, que já foi medalhado de ouro, prata e bronze, esta é mesmo a sua pior classificação de sempre, superando o 14.º lugar de 2005, o que desvaloriza, garantindo que está a partir de agora totalmente focado nos Jogos Olímpicos de Tóquio, para os quais ainda não tem marca.

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“Estou de fora e desejo o melhor a quem está na final, desejo o melhor a todos os que estão dentro”, disse no final da qualificação Nelson Évora, sublinhando que quer “tudo de bom para os colegas de grupo” que seguem em frente, porque “provaram que merecem estar na final”.

Assume que não pode encarar a eliminação “com naturalidade”: “não é o meu registo, não é aquilo para que treino, mas arrisquei, sai da minha zona de conforto, andei a ‘bailar’ com a corrida de balanço, para a frente, para trás…”

“Milagres não se fazem… toda a gente pensa que faço milagres, mas não sou santo milagreiro! As pernas estão bem, o corpo está bem e saltei com o coração…, mas tomei um risco e não correu bem. Podia ter corrido bem e vocês nem notariam. Terei de levantar a cabeça, descansar alguns dias e voltar à carga”, disse ainda.

Para a final, além de Pichardo e Zango, estarão três norte-americanos, hoje classificados entre terceiro e quinto – Christian Taylor (campeão do mundo), Donald Scott e Wil Claye.

Em termos dce eliminações surpresa, contam-se Évora e o norte-americano Omar Craddock, terceiro melhor da época, mas que hoje foi o primeiro dos não apurados. Do top-10 deste ano, falham a final apenas Craddock e o chinês Yaming Zhu (nono).

A final do triplo salto disputa-se no domingo, às 21:45 (19:45 de Lisboa).

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