Coimbra
Rui Antunes admite que IPC dá prejuízo e crítica presidentes do ISCAC e ESTESC
O Instituto Politécnico de Coimbra registou avultados prejuízos durante o último ano. Conteúdo reservado para assinantes. Continue a ler para saber como pode assinar Notícias de Coimbra.
É o próprio Rui Antunes (RA), líder do Politécnico que reconhece a existência de um saldo negativo, que só não é superior porque, como tem a frontalidade de admitir, tinha em caixa uns milhões que herdou de anteriores gestões.
Notícias de Coimbra teve acesso a uma carta enviada por Rui Antunes a “Docentes, Discentes e Trabalhadores não docentes”, em que o presidente da instituição dá o seu “parecer” sobre os “Dados provisórios da Execução Orçamental de 2013 no IPC”.
Rui Antunes revela que “IPC teve, no seu todo, um saldo negativo de -229.627,41€. Ou seja, gastámos mais 229.627,41€ do que aquilo que foram as nossas receitas de 2013. Isso só foi possível porque pudemos recorrer aos saldos herdados dos anos anteriores que eram de 6.116.829,34€…”
O presidente do Politécnico de Coimbra acrescenta que “Desagregando o valor do saldo negativo do ano de 2013 pelas unidades orgânicas do IPC vemos que o maior saldo negativo foi no ISEC (-395.137,71€), seguido da ESAC (-69.729,33€), da ESEC (-51.207,00€) e da ESTGOH (-39.292,39€). Os Serviços da Presidência (SP), o ISCAC e a ESTESC tiveram saldo positivo (ou seja, gastaram em 2013 menos do que as suas receitas de 2013): 19.225,29€ nos SP; 138.830,66€ no ISCAC e 167.683,07€ na ESTESC.”
Os saldos dos SP e destas duas escolas – ISCAC e ESTESC – que já eram os maiores do IPC, voltaram a crescer no fim de 2013 para, respetivamente, 724.794, 58 € (SP); 1.625.751,54€ (ISCAC) e 2.336.295,52€ (ESTESC).
Embora não seja técnico oficial de contas, o presidente do IPC diz que “A análise destes dados permitirá que se tirem muitas conclusões.”
RA aproveita a missiva interna para lançar umas “farpas” a Manuel Castelo-Branco e Jorge Conde, presidentes do ISCAC e da ESTESC: “Pela minha parte não posso deixar de notar, no entanto, que nos últimos tempos têm surgido declarações públicas de responsáveis do ISCAC e da ESTESC afirmando que estas escolas são discriminadas pela Presidência do IPC na distribuição do orçamento.
“O certo é que apesar disso (e não sendo estas escolas – nomeadamente o ISCAC – aquelas onde se têm registado as consequências mais duras da atual austeridade orçamental) são estas duas escolas as únicas que não gastaram o orçamento a que têm direito (e que, ao que parece, alguns dos seus dirigentes acham que foi insuficiente para o funcionamento da escola)…, acrescenta o presidente do IPC, cuja gestão tem sido posta em causa pelos líderes destas duas escolas, que ameaçaram sair da esfera do Politécnico de Coimbra.
Notícias de Coimbra sabe que há várias investigações em curso à actual equipa do IPC, nomeadamente em relação a horas extraordinárias pagas a quem está no topo da instituição, ajudas de custo consideradas leoninas, aluguer de viaturas, contratação de familiares de dirigente e professores, contratações de bens e serviços a professores de escolas e licenças sabáticas consideradas desnecessárias.
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