Portugal
Mayra Santos é a primeira mulher a fazer a travessia a nado entre o Porto Santo e a Madeira
A nadadora Mayra Santos tornou-se hoje na primeira mulher a fazer a travessia a nado entre o Porto Santo e a Madeira, nadando os 42 quilómetros em 12:07.20 horas.
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Após ter partido às 07:10 do Porto Santo, a nadadora brasileira chegou ao final da tarde à marina da Quinta do Lorde, no Caniçal, onde foi recebida por cerca de 100 pessoas, exibindo de imediato lágrimas de alegria e dançando ao som da música da festa.
“Foi maravilhoso. Foi melhor do que um sonho. Nem sei explicar, mas foi muito lindo e amei todo o processo, desde o início, dos treinos até agora”, foram as primeiras palavras da atleta, de 40 anos, do Clube Naval do Funchal.
Mayra fez a travessia um mês após ter estado nos mundiais de águas abertas, nos quais conseguiu um oitavo lugar na prova de 3.000 metros no escalão ‘master’ 40-44 anos.
A preparação para a travessia começou há um ano, variando entre piscina e mar aberto, e o apoio recebido, destacando-se o do marido, foi essencial no treino e também durante a prova, na qual fez paragens a cada 40 minutos e, na parte final, a cada 30.
“O mar estava lindo. Vi peixes, golfinhos e tartarugas. Houve um pouco de ondulação também, mas faz parte do processo, são águas abertas. O que me deu mais força foi, sem dúvida, o apoio das pessoas, com palavras de incentivo. Isso veio na minha mente a toda a hora. Nunca pensei em desistir, muito pelo contrário”, destacou.
Mayra sentia-se bem no final da travessia, mesmo perspetivando algumas dores horas mais tarde, e promete prosseguir a paixão pelas águas abertas, tendo a profissão de consultora imobiliária.
“Pretendo fazer mais provas. Não vou parar. Agora, é sempre a continuar. Gosto muito de fazer isto e, apesar de ter sido mais duro do que esperava, estou apaixonada para fazer mais isto”, referiu.
O diretor da prova, Paulo Falé, salientou as condições favoráveis para o sucesso da mesma, pois houve correntes favoráveis em 11 das 12 horas da travessia, havendo apenas a registar a situação um pouco delicada do mar junto à Ponta de São Lourenço.
“Correu tudo bem. O planeamento tem de ser muito intenso para nos permitir escolher o dia ideal e conseguirmos vir sempre a favor da corrente. Não é uma travessia com partida simultânea. É uma atleta individual, então, tem de ter todas as condições para efetuar a travessia”, afirmou.
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