Coimbra

Direção cessante do Conselho de Juventude espera que sucessora já possa participar no CES

Notícias de Coimbra | 11 anos atrás em 10-01-2014

 O presidente cessante do Conselho Nacional da Juventude afirmou hoje que espera que o CNJ possa integrar, num futuro próximo, o Conselho Económico e Social.

“É com satisfação que vemos o reconhecimento do Conselho Nacional da Juventude (CNJ) como plataforma que possa integrar o Conselho Económico e Social (CES)”, afirmou à agência Lusa Ivo Santos, presidente cessante do conselho.

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Ivo Santos sublinhou a necessidade de “um reforço da presença dos jovens nos centros de decisão” de políticas públicas, relembrando que o parlamento discutiu essa possibilidade na quinta-feira.

O dirigente associativo tem “esperança” de que o próximo presidente do CNJ, que será eleito na Assembleia Geral de 11 e 12 de janeiro, já possa participar no CES.

Os jovens têm de deixar de estar “à margem” do debate social, considerou Ivo Santos, afirmando que, de momento, “no CES, há apenas uma dialética entre patronato e trabalhadores”.

Num balanço do mandato que decorreu entre 2012 e 2014, Ivo Santos enalteceu o fortalecimento da “relevância institucional” do CNJ a nível nacional, tendo sido “mantido um diálogo permanente com as diferentes instituições públicas”.

O dirigente considerou que, com a crise vivida no país, a instituição a que presidiu procurou “não ser uma plataforma reivindicativa”, mas construir “soluções”, salientando a participação do CNJ na reformulação e acompanhamento do programa Impulso Jovem.

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Das soluções propostas e que gostava que tivessem sido implementadas, Ivo Santos destacou a responsabilidade social que as “grandes empresas nacionais” deveriam ter, comprometendo-se “mais com uma solução para o emprego jovem”, através da criação novos centros de produção e de conhecimento.

“Há muitos jovens que acordam de manhã sem ter qualquer propósito. Isto arrasa uma geração”, alertou Ivo Santos, referindo que o desemprego jovem “não se resolve com estágios profissionais”, sendo necessário acabar com “medidas paliativas” e fazer “uma reforma estrutural do país”.

O dirigente frisou também a importância de o CNJ, conjuntamente com associações de jovens da Grécia, Espanha e Itália, garantir que a União Europeia assumisse “um compromisso mais forte” para com o tema do desemprego jovem, a nível europeu.

Apesar de o CNJ se ter focado no “desafio social” do desemprego, o presidente cessante disse que o conselho nacional combateu também “o consumo excessivo de álcool e consumo de drogas” nos jovens, promoveu o “reconhecimento da educação informal”, assim como a criação de uma estrutura de apoio permanente à juventude da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

O CNJ realiza a sua assembleia geral neste fim de semana, entre 11 e 12 de janeiro, na Casa Municipal da Cultura de Coimbra, tendo como objetivo eleger os novos órgãos sociais para 2014-2015.

 

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