Coimbra
Euros & Reais na Académica
Dois meses após as eleições, a Académica continua sem marcar a Assembleia Geral que poderá permitir a transformação da SDUQ em SAD e ainda não revelou o nome do parceiro que iria injetar 30 milhões de euros no clube de Coimbra.
No dia 1 de junho, depois de saber que ia continuar na direção da AAC/OAF, Pedro Roxo declarou que “em breve vai ser iniciado o processo de constituição de uma Sociedade Anónima Desportiva, que terá de ser validada pelos sócios”, mas não revelou o nome do eventual parceiro.
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A 19 de junho, questionado por Notícias de Coimbra, Pedro Roxo voltou a esconder o jogo e respondeu que o parceiro e o projeto serão apresentados aos sócios “o mais breve possível”.
Estamos em agosto, altura em que Coimbra “fecha” para férias, sem se saber quando será o “mais breve possível”.
O Banco de Minas Gerais (BMG) tem sido apontado como o investidor que “vai salvar a Académica”, que, recorde-se, tem um passivo que ronda os 10 milhões de euros.
O BMG chegou mesmo a afirmar que tinha comprado o Académica de Coimbra, negócio que não foi confirmado ou desmentido pela Briosa.
Recordamos que Ricardo Guimarães, “dono” do BMG, disse, em julho, que “está acertando a compra do Académica de Coimbra, clube da Segunda Divisão do futebol português”.
Estamos em conversas adiantadas, praticamente já assinamos um memorando de interesse de ambas as partes com o Académica de Coimbra, que disputa a Segunda Divisão. Estamos em conversas avançadas. É um passo importante. É uma abertura pra ter jogadores no mercado Europeu. O funil dos times é muito estreito”, destacou Ricardo Guimarães.
Sabe-se que Daniel Azenha, líder da casa-mãe, mantém tudo o que foi afirmado no comunicado emitido durante a campanha eleitoral e confrontado com a notícia de que o banco brasileiro tinha comprado a Académica, Daniel Azenha afirma que não tem conhecimento de qualquer tipo acordo.
Caso se confirme que existe um acordo entre a AAC/OAF e o BMG, Daniel Azenha “acha lamentável” que a AAC não saiba de nada.
O líder da Assembleia Geral da AAC/OAF afirmou a NDC que está atento a tudo o que se passa no seio da instituição e lembra que a última palavra será sempre dos sócios.
Maló de Abreu acrescentou que Pedro Roxo não solicitou o agendamento da Assembleia Geral em que poderá ser discutido se a Sociedade Unipessoal por Quotas da Académica vai ser transformada em Sociedade Anónima Desportiva.
Notícias de Coimbra sabe que os colaboradores do clube voltam a ter mais salários em atraso, que, se incluirmos subsídios de férias e Natal, ultrapassam os 7 meses.
No inicio da campanha eleitoral “foram pagos dois meses de salários a jogadores e três meses a funcionários”.
Nessa ocasião, a instituição não adiantou quais os ordenados e subsídios que estavam por saldar, mas esse pagamento ajudou a pacificar a relação entre os trabalhadores e a entidade patronal.
A Académica contratou um novo treinador e mais de uma dezena de futebolistas para a sua equipa profissional de futebol em 2019/20.
Pedro Roxo foi eleito presidente da Académica no dia 1 de junho de 2019, mas é líder do clube desde 2017, altura em que o então presidente Paulo Almeida deixou o comando do clube
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